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Desenvolvido em parceria entre a Aliança Empreendedora e Kuat nos anos de 2022 e 2023, as duas edições do projeto Meu Negócio é Meu País contemplou empreendedoras do nordeste brasileiro. A iniciativa celebra a pluralidade da cultura regional materializada pela culinária de mulheres que, por meio de assessoria especializada, descobrem na educação e no apoio mútuo entre a rede de mulheres da comunidade, os pilares para empreender e conquistar sonhos. 

Segundo Natália Freire, diretora de marketing da Coca-Cola e uma das lideranças do projeto de reposicionamento de marca de Kuat, 70% dos negócios de alimentos regionais do país são liderados por mulheres. Inspirados no seu principal ingrediente, o guaraná, um alimento regional que representa o Brasil mundo afora, Kuat se uniu à Aliança Empreendedora para desenhar o projeto Meu Negócio é Meu País. Uma capacitação especial para desbravar a capacidade da culinária regional dessas mulheres “A gente entendeu que a gente podia impulsionar o negócio dessas mulheres, para ajudar a economia da gastronomia brasileira a circular de uma forma mais potente.”, ressalta Natália ao explicar sobre a motivação para executar o projeto. 

Fotos: divulgação Kuat

A preparação do Meu Negócio Meu País

Para atuar na capacitação desse público, Marina Paula Egg Batista, líder de projetos da Aliança Empreendedora, explica que a primeira fase do projeto foi entender quais eram as lacunas, dificuldades e oportunidades das mulheres que trabalham com alimentação. “A intenção era desenvolver essas empreendedoras, dar apoio, pensando que elas são a base do empreendedorismo em pequenas comunidades”, reforça Marina.

Para o time da Coca-Cola, foi inspirador participar de um projeto que trabalha diretamente com as pessoas que levam a Kuat até o consumidor final. Natália Freire ressalta o quão importante é observar uma ação capaz de construir um impacto positivo para marca enquanto empreendedoras constroem a sua própria história com o empreendedorismo. “O relançamento (da marca Kuat) foi um marco de como fazer essa construção de marca de uma maneira diferente, né? Queria construir uma marca que tivesse aí um propósito.”, relembra, Natália.

Com o objetivo de criar uma rede potente de troca e conhecimentos entre as empreendedoras, o programa tinha “um processo que começa com mais gente e que vai aprofundando as entregas, gerando mais capacitação e enfim chegando em uma premiação financeira”, explica, Marina Egg. Para levar essa oportunidade para as empreendedoras, os times da Aliança Empreendedora e Kuat desenvolveram um plano de ação que envolveu encontrar parceiros de divulgação que conversassem com o público prioritário, mulheres da classe C, D e E até criar uma linguagem de comunicação clara e objetiva, através das redes sociais. O projeto Meu Negócio é Meu País contou com líderes comunitárias locais, a Secretaria da Mulher de Pernambuco, a Secretaria de Política Para Mulheres, a Associação das Mulheres Empreendedoras de Caruaru e outros parceiros locais, que somadas às postagens nas redes sociais e canais online, resultaram em 198 empreendedoras participando da primeira fase da capacitação, que aconteceu via WhatsApp.

Na primeira fase do projeto, conteúdos sobre gestão foram compartilhados diariamente nos grupos do WhatsApp em que participavam as assessoras da Aliança Empreendedora, e as empreendedoras. Além disso, as participantes recebiam também desafios relacionados ao tema para colocar em prática os conceitos apresentados. Depois de uma semana, “com base na resposta dos desafios, a gente selecionou 60 empreendedoras, que passaram para a segunda fase.”, detalha, Marina. Na sequência, o método de avaliação solicitou que as empreendedoras gravassem um pitch (vídeo de um minuto), apresentando seu negócio, e encaminhasse um documento explicando qual seria o plano de utilização dos recursos, caso ganhassem o investimento de R$ 3.000,00. No total 45 empreendedoras cumpriram com essa segunda fase. 

Enfim, na terceira fase, 30 empreendedoras foram selecionadas para participar da aceleração composta por assessorias individuais com uma pessoa especializada em gestão de negócios, resultando em um plano de ação para empreendedora alcançar sua meta.

“Parece que acendeu uma lâmpada na minha cabeça!”

Lizandra dos Santos foi uma das selecionadas para participar da aceleração. Ela é nutricionista, confeiteira e dona da Doce Liz. Em junho de 2023, enquanto participava de uma feira de alimentos em Caruaru, conheceu o projeto Meu Negócio é Meu País. Ela conta como ir avançando nas fases do projeto foi uma injeção de confiança para se sentir protagonista do seu negócio e olhar para o futuro com determinação. “Eu comecei muito insegura, e hoje quando você me perguntou qual é a sua profissão, eu digo, eu sou empreendedora.” comemora, Lizandra, sorridente.

Alimentar a autoestima das participantes não acontece por acaso, Marina Egg conta que parte da metodologia de ensino é trabalhar o reconhecimento e valorização do trabalho de forma individual, sem comparar sucesso com algo pré-imposto pela sociedade. Assim, Lizandra relembra que já no final do primeiro encontro a assessora da Aliança Empreendedora a “fez entender que eu consigo trabalhar com o que eu tenho”. Mas, foi no encontro de gestão financeira que Lizandra percebeu onde estava seu maior aprendizado. “Ela conseguiu fazer uma planilha, uma organização direta, específica para o meu trabalho. Então, eu consegui me organizar 100%.

Eu achei incrível, eu só quis realmente alimentar a planilha”.

Fotos: divulgação Kuat

A comunidade unida pela comida regional

Outro pilar que faz do modelo de fases tão impactante para as empreendedoras é que, além de segmentar os desafios do negócio para que as mulheres vislumbrem o caminho de ação mais facilmente, ele também cria um ambiente favorável para interação entre as empreendedoras. 

“Desde o grupo do WhatsApp, a gente começou já se ajudando. Então, foi uma rede de apoio que foi formada.” relembra a fundadora da Doce Liz, que chegou a fase final, conquistou o prêmio, e agora faz parte da família “garotas Kuat”, apelido carinhoso dado por elas para o grupo de empreendedoras o qual seguiu unido na última fase.

Aproveitar o que existe de melhor da rede de contatos comunitária faz toda diferença para o sucesso do projeto, pois dá autonomia a essas empreendedoras. Marina Egg explica que com isso, a intenção também é criar um ambiente de troca de informação e aprendizado baseado na empatia ao perceber que a outra pessoa também passa por desafios comuns aos seus.  “Para que elas possam se ajudar, pensar em soluções conjuntas, trocarem experiências, elas trocam fornecedores, fazem compras conjuntas, elas podem fazer várias coisas nesse fortalecimento de rede.”, reforça, Marina ao enfatizar os benefícios dessa integração entre a comunidade de empreendedoras.

Natália Freire observa que essa troca entre a comunidade é benéfica para Kuat, pois permite a marca impactar seus consumidores na parte final da cadeia, além de ser, “justamente onde a gente vai encontrar essa diversidade culinária das culturas que poderíamos acelerar”, comemora, a diretora de Marketing.

 

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