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O empreendedorismo feminino tem crescido exponencialmente nos últimos anos, com as mulheres assumindo um papel cada vez mais importante na economia, criando suas próprias empresas e liderando mudanças sociais significativas. Isso não é apenas uma questão de igualdade de gênero, mas também de desenvolvimento econômico e social. De acordo com a pesquisa “Todos Podem Empreender” do Empreender 360 – hub de pesquisas e advocacy da Aliança Empreendedora – 34% dos microempreendedores informais brasileiros são mulheres e dessas, 54% são negras.

Os dados nos ajudam a entender o perfil das mulheres empreendedoras, mas também as barreiras que enfrentam. Além das questões mais conhecidas, como a falta de igualdade de gênero e a jornada dupla, algumas outras chamam mais atenção, como o acesso ao crédito e a economia do cuidado. Atualmente, apenas 21% das empreendedoras com negócios formais conseguem acessar crédito bancário, segundo a pesquisa “Mulheres Empreendedoras 2019” realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Quando se trata daquelas que empreendem informalmente, esses dados são ainda mais preocupantes e podem levar a outros problemas sociais graves, como o empréstimo de parentes e amigos, que levam a uma dependência financeira. Quando se trata da economia do cuidado, muitas mulheres que dedicam parte de seu tempo ao cuidado de filhos, idosos ou doentes enfrentam barreiras ainda mais severas devido à falta de políticas públicas, o que faz com que muitas deixem seus negócios de lado para cuidar dos outros.

Apesar desses obstáculos, as mulheres têm superado os desafios e criado seus próprios negócios. De fato, as empresas lideradas por mulheres têm crescido mais rapidamente do que as lideradas por homens nos últimos anos, como apontado em pesquisa do Boston Consulting Group e da MassChallenge. Isso se deve em parte à inovação e criatividade das mulheres empreendedoras e, além disso, elas possuem uma perspectiva única em relação aos negócios, sendo capazes de identificar lacunas no mercado e necessidades não atendidas que outras pessoas podem ter ignorado.

A Aliança Empreendedora tem se consolidado cada vez mais no apoio a essas mulheres empreendedoras, com cerca de 17 mil empreendedoras de todo o Brasil sendo apoiadas anualmente com conteúdo, capacitações e mentorias gratuitas. Entre essas empreendedoras está Ana Fátima, que montou sua própria editora, a Ereginga Educação, para dar vazão aos seus trabalhos e aos de outras mulheres que têm o sonho de ter seus livros e histórias publicados.

“Foi isso que eu senti, propriedade de possibilidades… eu falo isso, porque quando eu decidi ser uma empreendedora negra, eu tinha que ter uma consciência desses passos. Tanto das barreiras, quanto das questões positivas!”. Explica Ana Fátima ao se recordar de sua trajetória como empreendedora.

O apoio ao empreendedorismo feminino precisa estar presente na esfera pública e privada, para que as barreiras possam diminuir são necessárias políticas que promovam a igualdade de gênero, bem como acesso a recursos financeiros, capacitação, serviços acessíveis e que conversem com as diferentes realidades, é nesse lugar que organizações e governos se tornam aliados que podem juntos criar soluções inovadoras e realmente eficientes.

“Além de terem uma relevante participação na economia sendo empreendedoras e liderando negócios, as mulheres também são a maioria absoluta na economia do cuidado e no trabalho não remunerado. É graças às mulheres que todos podem trabalhar, porque elas cuidam de quem precisa ser cuidado, e esse trabalho invisível normalmente não é valorizado e muito menos reconhecido. É importante ressaltar que o PIB se move por causa delas, e ainda assim as políticas públicas estão muito aquém dessa realidade, sem mencionar a força de uma cultura ainda machista que se reflete na falta de acessos no dia a dia destas mulheres” Completa Lina Useche, co-fundadora da Aliança Empreendedora.

 

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