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Além das capacitações, o projeto também treinou mentores que irão acompanhar os empreendedores que já foram apoiados em 2015

O inicio das primeiras capacitações do projeto Tecendo Sonhos em 2016 aconteceu em março. São três organizações aliadas – Si Yo Puedo, Cami (Centro de Apoio ao Migrante) e PAL (Presença na América Latina), que estão aplicando as capacitações com os empreendedores migrantes donos de oficinas de costura na cidade de São Paulo-SP. Ao todo, estão sendo capacitados aproximadamente 30 empreendedores que já atuam ou desejam iniciar um negócio. A previsão é que as capacitações dessas turmas se encerrem ao final do mês de maio.

As organizações Si Yo Puedo e Cami estão aplicando capacitações para imigrantes da américa latina que já possuem um negócio de oficina de costura, desenvolvendo com este grupo os seguintes temas: saúde financeira do negócio, precificação, produtividade, vendas e negociação, e formalização.

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Já a organização PAL é responsável por aplicar a capacitação com empreendedores imigrantes que desejam iniciar um negócio mas ainda não começaram a empreender. Essas capacitações devem encerrar no fim do mês de maio.

Para Oriana Jara, coordenadora do projeto na organização aliada PAL, o Tecendo Sonhos vem de encontro a necessidades pontuais dos participantes em desenvolver comportamento e  competências empreendedoras: “O projeto traz uma mudança de paradigma tanto para os participantes quanto para nós como organização aliada, isso pois aprendemos na prática e juntos o quanto essa metodologia empodera  o empreendedor. No início, alguns participantes eram tímidos e mal expressavam suas opiniões, e hoje conseguem expor e planejar suas ações juntos, compartilhando anseios, medos, e dificuldades”, fala Oriana.

Mentoria

Também em março e maio,  28 mentores especialistas foram capacitados pelo treinamento de mentoria da Aliança Empreendedora para atuar no Tecendo Sonhos com os empreendedores imigrantes. Alguns já estão em processo de acompanhamento com os empreendedores e outros iniciarão no final de maio atendendo as novas turmas que se encerram.

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O projeto possui um público-alvo de apoiados bem específico, por isso, foi aplicada uma busca por perfis de mentores compatíveis com a realidade dos empreendedores. São estilistas, profissionais com experiência na área da moda, administradores, advogados, e relações internacionais, dentre outros.

Após o treinamento, os mentores foram direcionados a empreendedores que também apresentam um perfil e necessidade no negócio compatível ao conhecimento que o mentor possuía. A mentoria deve se manter até o final deste ano. O objetivo da mentoria é que o empreendedor apoiado receba após a capacitação, acompanhamento individual por um período de 6 meses a 1 ano, para desenvolver o seu negócio. Esse acompanhamento ocorre por meio da troca de ideias, conhecimentos e experiências, com o mentor podendo ter influência direta na história de um microempreendedor.

Cristina Filizzola, coordenadora do projeto Tecendo Sonhos na Aliança Empreendedora, explica que a mentoria corresponde à necessidade do projeto em manter um acompanhamento continuado por meio de um relacionamento direto e único com cada empreendedor apoiado: “No Tecendo Sonhos, existe um desafio maior devido as dificuldade de comunicação e relacionamento com as oficinas de costura, pois o público imigrante possui uma realidade bem diferente, que vai desde a cultura de cada imigrante, por conta da sua nacionalidade, até o idioma que acaba sendo limitado quase que unicamente em espanhol”, conta a coordenadora.

Aceleração com a Alinha

Além do apoio ao empreendedor, as oficinas de costura também terão a oportunidade de receber apoio ao serem aceleradas pela startup Alinha.  O trabalho da Alinha consiste em conectar oficinas de costura com varejistas e pequenas marcas, por meio de uma relação comercial equilibrada que combata o trabalho análogo a escravidão que ocorre na base da cadeia de moda. Na Alinha donos de oficinas de costurar imigrantes encontram além de conteúdos exclusivos voltados a gestão de negócios, uma rede de contato direto com varejista de confecções.

Após a conclusão das capacitações, os empreendedores imigrantes interessados irão receber em suas oficinas de costura uma visita in loco da Alinha, com um técnico especialista da plataforma realizando um laudo técnico sobre o negócio.  A partir disso os empreendedores recebem um retorno deste laudo, por meio de um relatório que irá indicar quais melhorias precisam ser aplicadas no negócio em aspectos de ergonomia, segurança do trabalho e regularização. Dessa forma a Alinha trabalha no desenvolvimento e melhoria da oficina de costura de maneira direta com os empreendedores, a partir da particularidade de cada negócio, para que a oficina se torne apta a integrar o cadastro de serviços varejistas da plataforma.

Desde março deste ano, a Alinha é apoiada pela Aliança Empreendedora em parceria com a BrazilFoundation por meio do Prêmio de Inovação Comunitária.

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