Este título representa um pouco da diversidade de informação e conexões às quais temos acesso na Semana do Clima e Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque. Uma semana recheada com dezenas de eventos, que reúne líderes globais para discutir e promover ações contra a crise climática e avanços no desenvolvimento sustentável do mundo. Neste ano, a Aliança Empreendedora teve a felicidade de ser convidada a participar de uma série de eventos muito inspiradores, através do Prêmio We EMpower UN SDGs Challenge.
O WE Empower UN SDG Challengeé uma competição global pioneira lançada em 2018, destinada a mulheres empreendedoras sociais que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O desafio foi criado em colaboração com o Secretário-Geral da ONU, o Presidente do Banco Mundial e o Conselho de Líderes Femininas do Mundo, visando reconhecer e apoiar o trabalho inovador dessas mulheres na criação de soluções para os desafios globais.
Dentro deste Prêmio ganhei o presente de conhecer as outras 4 finalistas, empreendedoras de impacto maravilhosas, super corajosas, inteligentes, as quais admiro, amo, respeito e torço que cresçam e transformem seus países e o mundo!
- Tatiana Estevez é a fundadora e CEO da Permalution, uma solução para captura de água a partir das nuvens, gerando mais de 400 litros por dia.
- Lachmi Baniya, Cofundadora da Icarus Media Group em Myanmar. Uma mulher extremamente corajosa que está enfrentando um regime ditatorial, levando saúde mental para as pessoas neste momento tão difícil.
- Dr. Edda Aradottir Cofundadora e CEO da Carbfixna Islândia. Uma empreendedora brilhante que ajudou a desenvolver uma tecnologia que captura e armazena carbono e o injeta nas rochas, onde normalmente a terra o estoca.
- Teresa Njoroge Fundadora e CEO da Clean Start Africano Kenya, uma iniciativa fundada por ela após presenciar as grandes falhas no sistema de justiça, que pune as pessoas apenas por serem pobres.
Acompanhada destas potências vivemos sete dias de conexões, trocas e inspiração, participando de mais de 10 eventos, que geraram muitos aprendizados e algumas reflexões difíceis, e alguns deles queria trazer aqui:
1. Há muitas soluções, mas o investimento não está lá (o dinheiro se move ao som de outra música): infelizmente, foi difícil constatar que seguimos muito atrasados em questões que já sabemos faz tempo que são um problema. Há mais de 20 anos existem relatórios científicos concretos mostrando as projeções de impacto da crise climática que estamos vivendo hoje, há mais de 15 anos sabemos que o bônus demográfico deveria ser aproveitado e que as juventudes deveriam ser o foco de atenção das políticas públicas e do setor privado para que tenhamos uma nação com mais oportunidades e prosperidade. Há mais de 10 anos tivemos um boom de inovações de combate às mudanças climáticas baseadas na Natureza, e com tecnologia de ponta, que já poderiam ter reduzido drasticamente os impactos devastadores das mudanças climáticas, e cá estamos nós em 2024, ainda firmando acordos para ampliar ainda mais a exploração de combustíveis fósseis. Lá estava eu ouvindo os relatos de mulheres empreendedoras de negócios de impacto que ainda sofrem assédio de seus investidores, e que ainda sofrem ameaças de morte apenas por usarem suas vozes para denunciar injustiças!
AINDA HÁ MUITO POR FAZER!
2. A Semana do Clima em Nova Iorque se tornou um selo de qualidade: Se você está lá, você é alguém, se você não está lá, sinto muito. Eu senti de forma muito forte na pele, o que significa ser chancelado apenas porque você está ali. Você é visto como alguém que deve estar fazendo algo importante, apenas porque você está ali, você está pré-aprovado para se aproximar de quem você quiser, seja o Presidente de uma empresa global, seja o Bill Gates, que passou dançando do meu lado (sim, é sério), ou um Ministro de Estado, não importa, você está no clubinho.
É muito louco como o ser humano gosta de criar esses processos seletivos, adicionando elementos para não furar a bolha. Mas…
- Tatiana Estevez é a fundadora e CEO da Permalution, uma solução para captura de água a partir das nuvens, gerando mais de 400 litros por dia.
- Lachmi Baniya, Cofundadora da Icarus Media Group em Myanmar. Uma mulher extremamente corajosa que está enfrentando um regime ditatorial, levando saúde mental para as pessoas neste momento tão difícil.
- Dr. Edda Aradottir Cofundadora e CEO da Carbfixna Islândia. Uma empreendedora brilhante que ajudou a desenvolver uma tecnologia que captura e armazena carbono e o injeta nas rochas, onde normalmente a terra o estoca.
- Teresa Njoroge Fundadora e CEO da Clean Start Africano Kenya, uma iniciativa fundada por ela após presenciar as grandes falhas no sistema de justiça, que pune as pessoas apenas por serem pobres.
Acompanhada destas potências vivemos sete dias de conexões, trocas e inspiração, participando de mais de 10 eventos, que geraram muitos aprendizados e algumas reflexões difíceis, e alguns deles queria trazer aqui:
1. Há muitas soluções, mas o investimento não está lá (o dinheiro se move ao som de outra música): infelizmente, foi difícil constatar que seguimos muito atrasados em questões que já sabemos faz tempo que são um problema. Há mais de 20 anos existem relatórios científicos concretos mostrando as projeções de impacto da crise climática que estamos vivendo hoje, há mais de 15 anos sabemos que o bônus demográfico deveria ser aproveitado e que as juventudes deveriam ser o foco de atenção das políticas públicas e do setor privado para que tenhamos uma nação com mais oportunidades e prosperidade. Há mais de 10 anos tivemos um boom de inovações de combate às mudanças climáticas baseadas na Natureza, e com tecnologia de ponta, que já poderiam ter reduzido drasticamente os impactos devastadores das mudanças climáticas, e cá estamos nós em 2024, ainda firmando acordos para ampliar ainda mais a exploração de combustíveis fósseis. Lá estava eu ouvindo os relatos de mulheres empreendedoras de negócios de impacto que ainda sofrem assédio de seus investidores, e que ainda sofrem ameaças de morte apenas por usarem suas vozes para denunciar injustiças!
AINDA HÁ MUITO POR FAZER!
2. A Semana do Clima em Nova Iorque se tornou um selo de qualidade: Se você está lá, você é alguém, se você não está lá, sinto muito. Eu senti de forma muito forte na pele, o que significa ser chancelado apenas porque você está ali. Você é visto como alguém que deve estar fazendo algo importante, apenas porque você está ali, você está pré-aprovado para se aproximar de quem você quiser, seja o Presidente de uma empresa global, seja o Bill Gates, que passou dançando do meu lado (sim, é sério), ou um Ministro de Estado, não importa, você está no clubinho.
É muito louco como o ser humano gosta de criar esses processos seletivos, adicionando elementos para não furar a bolha. Mas…
3. Ainda há esperança e ela está na Diversidade e na Inclusão: se tem algo que me fez voltar com a certeza de que as coisas vão mudar, foi ver o aumento exponencial na diversidade nesses espaços. O evento SDGs in Brazil tinha tranquilamente mais da metade da audiência composta por lideranças negras, e muitas delas lideranças corporativas e de governo.
As vozes e as ações potentes dessas lideranças ecoaram em praticamente todos os eventos nos quais tive o privilégio de participar. E essa aliança estratégica de lideranças antirracistas, são as que demostraram os maiores avanços em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Quando homens e mulheres, negros, brancos e indígenas entendem que o modelo atual precisa ser ressignificado, e constroem soluções em conjunto, a mudança se torna estrutural, sistêmica e sustentável. E dessa turma que eu quero fazer parte. Vamos que vamos, que ainda há muito por fazer!
Lina Maria Useche Jaramillo, Cofundadora & Relações Institucionais da Aliança Empreendedora.