Skip to main content

O artigo a seguir “The Fair Trade Revolution” foi escrito por Tiago Dalvi, co-fundador e diretor executivo da Solidarium.
Ele transcreveu a palestra que ministrou no Unreasonable Institute, e o artigo foi eleito como um dos melhores da web pelo jornal Inglês “The Guardian”.

A Revolução da Economia Solidária – Como a Solidarium pode transformar nosso mundo

Tiago Dalvi é um empreendedor social Ashoka que usa sua visão de negócios para ajudar a melhorar a vida de milhares de pessoas em seu país de origem, Brasil, conectando produtores locais com varejistas globais estabelecidos tais como Walmart, JCPenney, Whole Foods, e Target. Dalvi é a essência do negócio social vencedor da organização de economia solidária Solidarium, e um dos cinco empreendedores vencedores do recente desafio “Todos ao Trabalho”, realizado pela Fundação eBay e The Opportunity Project.
Ao contrário dos modelos de comércio justo tradicionais, que muitas vezes aproveitam as redes de base de comércio justo estabelecidas, Dalvi conecta  diretamente produtores a grandes redes mundiais varejistas.
O Brasil é a sétima maior economia do mundo, tendo ultrapassado por pouco a Itália este ano, e a quinta economia de mais rápido crescimento entre os países do G20. Enquanto o Brasil é uma potência mundial no nível macro, que se classifica no 55o lugar no PIB renda per-capita, ele está perto da base em termos de igualdade social – 184 de 192 países. O Brasil, um país com quase 200 milhões de cidadãos, é um país movido por pessoas que vivem na pobreza – mais de 39 milhões de brasileiros vivem com menos de dois dólares por dia.
“Como brasileiro, eu não posso tolerar isso”, disse Dalvi durante sua apresentação do Unreasonable Climax de 2011, quando ele foi reconhecido como um Empreendedor do Instituto Unreasonable neste semestre. “Na Solidarium, nós superamos o impossível. Nossa missão é fazer com que esses produtores locais saiam da situação de pobreza, proporcionando canais de mercado sem competição para os produtos que eles produzem.”
O modelo da Solidarium é simples e direto: a empresa analisa oportunidades de mercado e trabalha com equipes de design para facilitar o desenvolvimento de novos e rentáveis produtos tais como roupas, bolsas ou acessórios de cozinha. Eles, então, obtêm esses itens dos produtores locais em todo o Brasil, em lugares variados como Pernambuco, Paraná e São Paulo.
Desde que Solidarium foi fundada, em 2007, tem trabalhado com mais de 1.600 produtores que viviam em situação de pobreza. A esmagadora maioria deles são mulheres entre as idades de 30 e 60; através da conexão deles com redes de varejistas inacessíveis – os Walmarts e JCPenneys do mundo – a Solidarium permite que seus produtores tenham acesso a consumidores em mercados muito maiores. Como resultado, os produtores são capazes de aumentar sua renda média em até 80% em apenas dois anos.
Quando um produto é vendido, a maior parte dos rendimentos (35%) vai diretamente para o produtor, que ganha cerca de U$ 70 em média (a Solidarium está trabalhando para triplicar esse número). O saldo é compartilhado pelo varejista (30%), Solidarium (30%) e o designer de produto (5%).
No início deste ano, a Solidarium lançou o maior site de comércio eletrônico no Brasil em parceria com o Walmart, que já oferece aos compradores on-line 300 produtos diferentes de mais de 40 produtores exclusivos locais. E, pessoal, os produtos Solidarium vendem – ao ritmo de mais de 100.000 compras!
O objetivo de Dalvi e Solidarium é alcançar um faturamento de quase U$ 8 milhões ao longo dos próximos quatro anos, através da distribuição de produtos do “comércio justo descentralizado” para mais de 1.200 lojas no Brasil e nos Estados Unidos.
“Nós temos uma missão, que não é só para fazer desta empresa um sucesso”, disse Dalvi. “Estamos criando um movimento para superar a pobreza. Dentro de quatro anos, teremos mais de 10.000 produtores locais que sairão da situação de pobreza, e tenho certeza que a Solidarium não só vai redefinir o curso da pobreza no Brasil, mas irá criar uma revolução no mercado em nosso país.”Fonte: Ashoka Changemakers 

Deixe um Comentário