Trabalhando em rede, organizações aliadas atenderam 25 empreendedores da indústria têxtil e migrantes que querem abrir seu próprio negócio na cidade de São Paulo
O Centro de Apoio ao Migrante (Cami) e o “Si, Yo Puedo”, organizações aliadas do projeto “Uma mensagem para a liberdade”, iniciaram em agosto os treinamentos em gestão e comportamento empreendedor de quatro turmas de empreendedores migrantes que vivem em São Paulo, três formadas por pessoas que já possuem oficinas de costura e duas compostas por pessoas que querem iniciar um novo negócio. Ao todo, 25 pessoas foram atendidas.
Os treinamentos compõem uma das linhas de atuação do projeto, que foi desenvolvido pela Aliança Empreendedora e financiado pela Fundação Rockefeller, com o intuito de fortalecer empreendedores para combater o trabalho em condições análogas à escravidão na indústria têxtil da cidade de São Paulo.
Apesar de liderarem treinamentos separadamente, as organizaçõesa aliadas optaram por unir forças e trabalhar de forma colaborativa para mobilizar os empreendedores interessados em participar do projeto, inscrevendo os interessados não necessariamente nas suas turmas, mas naquelas cuja localização fosse melhor para o empreendedor.
Solução tecnológica em desenvolvimento
Enquanto isso, uma iniciativa liderada pelas empreendedoras Dariele Santos e Monyse Almeida está dando os primeiros passos na criação e desenvolvimento de uma solução tecnológica para ajudar a melhorar as relações de trabalho na cadeia produtiva da moda, que também faz parte dos objetivos do projeto.
Ainda sem nome, a startup está sendo fomentada pela Aliança Empreendedora em colaboração com o Social Good Brasil e está participando do Social Good Brasil Lab, um processo de aceleração que visa apoiar um grupo de startups para viabilizar seus projetos. A ideia de apoiar uma startup para desenvolver a solução tecnológica prevista no projeto tem por objetivo possibilitar a continuidade desta solução para além do financiamento da Fundação Rockefeller, que vai até o final deste ano.
Além dos encontros de imersão e formação em metodologias como design thinking e lean startup, as empreendedoras recebem uma mentoria periódica com dois empreendedores que têm experiência na área de tecnologia e terão ainda a colaboração de uma empreendedora com experiência em moda e o acompanhamento da Aliança Empreendedora.