Quem tiver um projeto que use tecnologia, novas mídias ou pensamento inovador para gerar uma mudança positiva na sociedade já pode se inscrever no Social Good Brasil Lab. O laboratório, que chega à terceira edição em 2015, ajuda a tirar boas ideias do papel por meio de encontros presenciais mão na massa, apoio de especialistas e mentores e uso de metodologias inovadoras.
Para se inscrever, basta produzir um vídeo simples explicando o problema social que pretende solucionar e responder a outras três perguntas. O material deve ser enviado até o dia 12 de abril, por meio do site do projeto: sgb.org.br/lab.
Diferentemente do ano passado, quando promoveu encontros presenciais em Florianópolis e São Paulo, desta vez os encontros do Lab serão realizados apenas na capital catarinense. Mesmo assim, as inscrições estão abertas para pessoas de todo o Brasil. Os selecionados que morarem a mais de 500km da cidade poderão se inscrever para receber ajuda financeira para as viagens. Também haverá hospedagem e alimentação gratuitas para os labbers – como são chamados os participantes do programa.
Em 2015, o Lab é coordenado por Bárbara Basso, que já teve experiência na coordenação de projetos de apoio a empreendedores de baixa renda na Aliança Empreendedora e na AIESEC para a Europa Centro-Oriental. “O Lab é um grande desafio profissional. Queremos criar um ambiente inovador para que iniciativas sociais do Brasil todo possam sair do papel e gerar impacto real. Tenho também a missão de conectar esses inovadores sociais a uma rede de pessoas e organizações que já estão fazendo a diferença”, conta a coordenadora, que também é mestranda em Sustentabilidade e Inovação Social pela UFRGS.
Nos quatro encontros presenciais previstos na programação, os selecionados contarão com a ajuda de mentores, especialistas e outros empreendedores sociais e aplicarão na prática metodologias como Design Thinking, processo inovador de resolução de problemas com base nas necessidades pessoais, e Startup Enxuta, com foco em reduzir o desperdício de investimentos. “Buscamos pessoas dispostas a botar a mão na massa e resolver desafios. Queremos que os participantes entendam o problema social que querem resolver e, durante o Lab, consigam criar seus protótipos, fazer testes, ir pra rua, vender suas ideias, buscar investidores e fazer acontecer!”, completa a coordenadora.
Segundo Bruna, a experiência no Lab permite ao participante conhecer profundamente o problema social que deseja enfrentar, pelos desafios e tarefas em campo, testar as soluções, validar hipóteses e transformar as ideias em protótipos e produtos. Além disso, o Lab é o ponto de partida importante para novas redes de contatos. “Reunimos diversos empreendedores que formam uma rede colaborativa e mantém o contato mesmo depois do término formal do laboratório. Os labbers integram uma comunidade de inovadores que ganha mais membros a cada ano”
O Lab tem duração de quatro meses. O primeiro encontro (#sejoga) terá duas opçõs de datas – de 12 a 14 de junho ou de 19 a 21 do mesmo mês. As segundas e terceiras reuniões dos labbers serão em agosto, de 7 a 9 (#vaiprarua) e 22 e 23 (#hackathon), respectivamente. Entre os dias 15 e 17 de outubro, no quarto e último encontro (#mostrapromundo), será realizado o Demoday, no qual os projetos serão expostos para um público de empreendedores sociais e aceleradoras. Os três melhores ainda ganharão um fundo de investimento semente para colocarem seus projetos de vez no mercado.
Edições anteriores
Projetos participantes das duas primeiras edições do Lab, em 2013 e 2014, já são cases de sucesso e alguns inclusive receberam premiações importantes. O catarinense Inforpeople, plataforma que reúne dados sobre causas sociais para informar e engajar pessoas, e a Alinha, de São Paulo, que desenvolve iniciativas de estímulo e fortalecimento do trabalho de costureiras para combater o trabalho escravo no setor da moda, foram apresentados no começo do ano no Pangea, que reuniu jovens inovadores do mundo inteiro para debater empreendedorismo, inovação e geração de oportunidades em Madri. Eles foram os únicos brasileiros que participaram do evento. O PlantePraMim, delivery de alimentos orgânicos, já tem parceria com oito associações de agricultores da região e entrega em quatro cidades da Grande Florianópolis.
A Gama.TV, canal de conteúdo adaptado a deficientes visuais ou auditivos, já acumula prêmios na Campus Party (primeiro lugar na categoria Startups em estágio inicial), na Maratona de Negócios Sociais do SEBRAE do Rio de Janeiro (categoria negócios que ainda não estão em operação) e pelo 8° Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável. E Lucas Lucchesi, um dos idealizadores da Camarú Social, que participou do Lab em 2014, esteve entre os quatro premiados do Prêmio Jovens Inspiradores 2014, que identifica e encoraja estudantes ou recém-formados com espírito de liderança.
Sobre
O Social Good Brasil é uma iniciativa que promove o uso das tecnologias, novas mídias e do pensamento inovador para contribuir com a solução de problemas sociais. Foi criada em 2012 a partir da parceria entre o Instituto Voluntários em Ação (IVA), que gerencia o Portal Voluntários Online (VOL), e o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom).
O programa Social Good Brasil usa o conceito Social Good, termo da cultura digital que nomeia o movimento global +SocialGood. Tem patrocínios da Fundação Telefônica, Itaú, Natura e Instituto C&A.