Uma das grandes dificuldades encontradas pelos empreendedores de todos os cantos do mundo é a questão do financiamento de seus negócios. O espírito empreendedor é muito importante, mas sem uma fonte de recursos financeiros nenhum negócio consegue se viabilizar. A fonte de financiamento mais tradicional é o setor bancário, mas existem diversas outras origens como empréstimos de familiares, amigos, dinheiro vindo de uma rescisão trabalhista, entre outros.
Quando falamos em empreendedores de baixa renda, ou seja, os proprietários de pequenos negócios que apresentam dificuldades em termos de geração de lucro, a questão do acesso às fontes de financiamento é ainda mais complicada. Estes empreendedores muitas vezes não são formalizados, não apresentam garantias tangíveis, possuem o “nome sujo”, entre outros determinantes que impossibilitam que estes sejam atendidos pelo sistema formal de concessão de crédito. Como o setor bancário não chega até essas pessoas, e como muitas vezes elas não conseguem se financiar através de amigos ou familiares, a “mão invisível” do mercado sempre se encarrega de criar outros artifícios, que nem sempre são bons, como a agiotagem.
Nesse sentido, as instituições de microcrédito se colocam como uma excelente alternativa para financiar empreendedores pobres, que possuem poucas garantias econômicas e conseqüentemente se tornam um “alto risco” para os bancos tradicionais. A primeira iniciativa vista no campo das microfinanças moderna data de 1976, quando Muhammad Yunus, hoje premio Nobel da Paz, iniciou um projeto de pesquisa que buscava estudar a viabilidade de um serviço de concessão de crédito a áreas rurais de Bangladesh. Hoje, as instituições de microcrédito estão presentes em todos os cantos do mundo.
O grande desafio para estas instituições hoje, é oferecer um serviço de qualidade: é importante que o empreendedor seja orientado e acompanhado. Dinheiro, por si só, pode até complicar a situação. Quando o empreendedor tem um controle financeiro precário, é difícil não só mensurar os reais impactos do aporte de investimentos como também é difícil evitar desperdícios.
Outra questão que deve ser levantada é como as instituições de microcrédito podem se utilizar da tecnologia para alcançar um número maior de pessoas e promover o desenvolvimento econômico com maior agilidade. A Impulso Microcrédito, parte da Organização Aliança Empreendedora, desenvolveu uma plataforma online capaz de captar recursos de pessoas físicas e distribuí-los a empreendedores de baixa renda. Desta forma, a rede mundial de computadores proporciona a criação de um importante vínculo entre poupadores e tomadores de crédito, canalizando as economias de “anjos investidores” para micro-negócios de todo o Brasil. Além de se utilizar da tecnologia para tentar corrigir as imperfeições do sistema de concessão de crédito, ou seja, fazer com que o dinheiro chegue mais rápido e facilmente à quem realmente precisa, o Portal Impulso estabelece relações entre seres humanos – o investidor pode conhecer a vida, as lutas e a história do empreendedor, além de acompanhar o seu crescimento econômico de seu negócio.
E então, que tal investir hoje?
Gustavo Scholz, Assessor da Impulso – Crédito ao Microempreendedor