Ontem, 30 de agosto de 2022, a Strive Community anunciou que vai apoiar a digitalização de 500.000 microempresas em favelas de todo o Brasil, através de uma iniciativa que combinará capacitação, gamificação e mentoria para promover a adoção de ferramentas digitais e facilitar o acesso ao crédito.
“As microempresas são um pilar fundamental das comunidades de favela, proporcionando empregos que servem como uma fonte essencial de renda para milhões de pessoas”, disse Luz Gomez, Vice Presidente Regional do Mastercard Center for Inclusive Growth. “Ao fornecer aos empreendedores as ferramentas digitais certas, queremos aprimorar sua capacidade de promover o crescimento inclusivo onde é mais necessário.”
O programa será executado por três organizações altamente qualificadas e experientes no Brasil. A Aliança Empreendedora trará sua vasta experiência no apoio à digitalização de microempresas em situação de vulnerabilidade. A Central Única das Favelas (CUFA) alavancará seu acesso e confiança incomparáveis das populações de favelas e ativará sua rede de parceiros privados e institucionais para maximizar o alcance e o impacto do programa. A Flourish FI aplicará sua tecnologia testada e comprovada, que usa a ciência comportamental para informar técnicas para incentivar as pessoas a construir hábitos financeiros positivos e alcançar sua segurança financeira. O trabalho é apoiado pela pela Strive Community, uma iniciativa filantrópica global do Mastercard Center for Inclusive Growth que busca fortalecer a resiliência de 5 milhões de pequenas empresas e apoiar seu crescimento.
De acordo com uma nova pesquisa do Data Favela e Locomotiva, 41% dos 17,1 milhões de pessoas que vivem em favelas possuem um negócio. Seus principais desafios incluem acesso a capital e falta de habilidades e ferramentas para gestão financeira, estratégias de preços e marketing digital. Durante a pandemia do COVID-19, muitas dessas pequenas empresas fecharam ou tiveram suas receitas drasticamente reduzidas, uma vez que apenas 23% delas conseguiram transicionar para o online.
Embora esses dados evidenciem os desafios encontrados pelos pequenos negócios nas favelas, ainda há muito a se aprender sobre suas experiências no dia a dia. Um aspecto importante dessa iniciativa será a realização de uma pesquisa sobre as oportunidades e barreiras específicas enfrentadas por microempreendedores em favelas, o que permitirá que as ferramentas e serviços desenvolvidos pelo programa sejam projetados para atender às suas necessidades reais. Os resultados da pesquisa serão compartilhados publicamente para aumentar a capacidade de outros atores de atender às necessidades dessa população.
Celso Athayde, fundador da CUFA, disse “Que o brasileiro é empreendedor por natureza isso a maioria das pessoas já sabe. Vamos utilizar a nossa experiência nesses territórios para poder preparar os empreendedores da favela na capacitação e inclusão digital”.