Temas como empreendedorismo feminino e experiências da Assistência Social com o empreendedorismo de base comunitária também fazem parte dos assuntos que serão debatidos no dia 11 de junho em Brasília.
O Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo da Aliança Empreendedora está chegando com a sua 6ª edição a Brasília. Este ano, temas como justiça climática, economia verde e inclusão socioeconômica estarão no centro dos debates, que acontecerão no dia 11 de junho, no auditório Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (TCU) e na Câmara dos Deputados. O evento, que no ano passado foi um grande propulsor para mudanças e influências significativas no ecossistema empreendedor, este ano segue unindo microempreendedores e importantes nomes do setor e do governo para as discussões.
Entre as ações que foram articuladas durante o evento de 2023, destacamos quatro principais:
Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino – Elas Empreendem:Liderada pelo Ministério das Mulheres e pelo Ministério do Empreendedorismo, essa estratégia visa facilitar o acesso das mulheres a políticas e serviços públicos de empreendedorismo. Com eixos focados em acesso ao mercado, tecnologia e inovação, crédito e educação empreendedora, a estratégia também garante equidade étnico-racial e prioriza mulheres inscritas no CadÚnico.
Política Nacional de Desenvolvimento da Micro e Pequena Empresa:Uma conquista do Fórum Permanente da Micro e Pequena Empresa, que será implementada pelo Ministério do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Esta política não só busca criar mecanismos para geração de emprego e renda, mas também apoia o empreendedorismo feminino. Trabalhamos juntos na definição dos indicadores de impacto, focando em gênero e raça, e reforçamos nosso compromisso coletivo com a inclusão e o desenvolvimento sustentável.
Inspiração para a criação do Fórum Carioca de Inclusão Produtiva:Promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Este fórum reuniu líderes do setor público, representantes do terceiro setor, universidades e pessoas engajadas para discutir e promover ações inclusivas. Este é um exemplo claro do poder catalisador de encontros como este, que podem gerar impacto positivo em diferentes regiões.
Construção e lançamento do Programa Acredita:Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social, esta iniciativa visa democratizar o acesso ao crédito para os microempreendedores e empreendedoras inscritos no CadÚnico e promover o empreendedorismo. Dividido em duas frentes, o programa estabelece um Fundo Garantidor que servirá de aval para os microempréstimos e também implementa uma rede de Estruturadores de Negócios para garantir um acompanhamento e orientação adequados para esses micronegócios.
O evento de 2024 visa dar continuidade às ações já iniciadas e trazer luz para outros importantes debates que estão acontecendo no ecossistema empreendedor e na sociedade.
“Realizar esse encontro em Brasília, com reflexões sobre temas tão urgentes e essenciais com os nossos parceiros do poder público, e com a presença de empreendedores e representantes do setor privado e da sociedade civil é muito importante para a Aliança Empreendedora, que trabalha para conectar esse ecossistema e incentivar a disseminação de informações para que as pessoas se sintam mais seguras para empreender. Sabemos que, em muitos casos, o empreendedorismo é uma das saídas para tirar as famílias da vulnerabilidade, e isso precisa ser visto e trabalhado de forma cuidadosa,” diz Lina Useche, fundadora da Aliança Empreendedora.
Entenda mais sobre os destaques deste ano:
Justiça Climática e Economia VerdeCom a crise climática instalada, fenômenos meteorológicos extremos como secas, incêndios florestais, deslizamentos, inundações, ondas de calor e frio e furacões devem continuar ocorrendo cada vez com maior intensidade, causando impactos na sociedade, prejudicando a saúde (proliferação de doenças) e a sobrevivência das pessoas e comunidades. Nesse cenário, a Aliança Empreendedora organiza uma mesa de debates com especialistas para discutir como isso afeta os pequenos negócios e quais ferramentas podem propiciar a inclusão produtiva das pessoas nessa situação de vulnerabilidade e ainda fomentar o desenvolvimento sustentável territorial, ligado à economia verde.
Com início previsto para às 10h15, o painel “Economia Verde e Inclusão Produtiva: como esses mundos se aproximam e o que pode ser feito na base” contará com a participação de Lucas Ramalho, diretor de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Valcleia Solidade, Superintendente de Desenvolvimento Sustentável e Comunidades da Fundação Amazônia Sustentável; Andreza Viana Santana, fundadora da Rota da Liberta (empresa que promove turismo étnico comunitário) e empreendedoras que realizam trabalhos ligados ao tema.
Assistência Social e empreendedorismo de base comunitária“Novos olhares sobre cenário e experiências da Assistência Social com o empreendedorismo de base comunitária” é o tema do segundo debate do dia. Os participantes da mesa apresentarão cases de sucesso criados e implementados por eles. Conheça alguns confirmados: Edson Leite, criador da ONG Gastronomia Periférica; Ângela Hara, mentora voluntária do Guru de Negócios; Ana Gabriela Borges, Secretária Adjunta de Elaboração de Projetos e Atração de Investimentos do Governo do Maranhão e empreendedores.
A ideia da mesa é mostrar caminhos para tratar o Mundo do Trabalho considerando o mundo atual e suas ferramentas de oportunidades para quem acessa serviços e políticas ligadas ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal é o principal caminho de acesso para 35 programas sociais, entre eles, os destacados na área da inclusão socioeconômica e emancipação das famílias mais vulneráveis.
Somente no Cadastro Único para Programas Sociais, são 97,6 milhões de pessoas, o que representa quase metade da população brasileira, sendo 55,7 milhões de pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família, num total de 21 milhões de famílias.
Vale destacar que entre as famílias do Cadastro Único, 1,8 milhão já tem MEI formalizado. E pelo menos 12,3 milhões de pessoas, das que têm mais de 18 anos, afirmam trabalhar por conta própria.
Inclusão socioeconômica das mulheresUm estudo da ONU Mulheres revelou que até 2050, a mudança climática empurrará mais 158 milhões de mulheres e meninas para a pobreza e levará mais 236 milhões de mulheres à fome. São elas que faltam ao trabalho para atender familiares com problemas ou doenças. Segundo os dados do CadÚnico, mais de 22 milhões de mulheres são as únicas responsáveis pelo sustento de suas famílias.
Time de peso
Gustavo Westermann, representante da Presidência da República e coordenador do G20 Social, falará sobre pautas prioritárias do Grupo como combate à fome, pobreza e desigualdade e desenvolvimento sustentável. Luis Carlos Everton, secretário nacional de Inclusão Socioeconômica; Lucas Ramalho, diretor de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Soraya Santos, deputada federal e presidente da Procuradoria Geral da Mulher na Câmara dos Deputados, e Mauro Oddo, pesquisador do IPEA, são alguns dos representantes do poder público presentes.
O pesquisador do IPEA, Mauro Oddo, participará de um painel que discutirá como ações coletivas pautadas por desafios urgentes podem mudar o cenário da Inclusão Produtiva no Brasil.
Nomes de peso do setor privado e da sociedade civil organizada também estarão presentes, como Valcleia Solidade, Superintendente de Desenvolvimento Sustentável e Comunidades da Fundação Amazônia Sustentável, além de representantes da Fundação Arymax, Secretaria de Projetos Inovadores do Maranhão, META, Rede Assaí Atacadista, Adriana Barbosa, fundadora do Preta Hub, Thiago Fernandes do Bank of America e Lina Useche, co-fundadora da Aliança Empreendedora.
Para saber mais e fazer sua inscrição, acesse: https://evento.aliancaempreendedora.org.br/forum-brasileiro-de-microempreendedorismo-2024