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O empreendedorismo inclusivo busca criar um ambiente de negócios acessível a todos, independentemente de gênero, etnia, deficiência ou classe social.  

Ou seja, o seu objetivo é promover igualdade de oportunidades, gerar impacto social positivo e levar diversidade ao mundo corporativo.  

Mas como tudo isso acontece na prática? 

É isso que vamos responder a você ao longo deste texto, em que nos dedicamos a explicar como promover esse tipo de empreendedorismo, seus desafios e exemplos inspiradores de iniciativas inclusivas. 

O que é empreendedorismo inclusivo?  

O empreendedorismo inclusivo é uma abordagem que garante acesso igualitário ao mundo dos negócios para pessoas de diferentes origens, classes sociais, etnias e condições físicas.  

Na prática, ele visa reduzir barreiras estruturais, promover diversidade e incentivar a criação de negócios que gerem impacto social positivo, empoderando indivíduos marginalizados e construindo uma economia mais justa e representativa para todos. 

Qual o objetivo do empreendedorismo inclusivo? 

Os objetivos deste tipo de empreendedorismo vão desde trazer acesso igualitário no mundo dos negócios, até criar políticas e regulamentações em torno do tema. 

Entenda mais na sequência. 

Trazer acesso igualitário 

Este tipo de empreendedorismo trabalha para derrubar barreiras e preconceitos que dificultam o acesso de grupos marginalizados aos recursos necessários para abrir um negócio.  

Isso abrange o acesso a financiamento, capacitação, redes de contatos e oportunidades no mercado.  

Um exemplo são programas de microcrédito e mentoria dedicados a apoiar mulheres de baixa renda em zonas urbanas e rurais, ajudando-as a lançar seus próprios negócios e a conquistar independência financeira. 

Promover impacto social 

Iniciativas deste modelo de empreendedorismo geralmente trazem um forte compromisso com o impacto social, pois criam oportunidades econômicas para grupos marginalizados e também promovem a transformação social e a igualdade nas comunidades.  

Um exemplo disso são empresas que investem em um projeto de impacto social, como programas de capacitação e apoio para um nicho específico de pequenos empreendedores, como ambulantes. 

Assim, ao oferecer mentoria, acesso a redes de contato e financiamento, essas empresas ajudam no desenvolvimento de negócios de ambulantes e também incentivam o fortalecimento econômico e social de comunidades. 

Isso tudo promove maior independência financeira e empoderamento para esses empreendedores e suas famílias. 

Levar diversidade ao mundo dos negócios 

A promoção de negócios inclusivos liderados por pessoas de grupos marginalizados é fundamental para ampliar a diversidade no mercado e trazer novas perspectivas e soluções inovadoras.  

Isso porque, quando indivíduos de diferentes contextos empreendem, suas experiências únicas se refletem na maneira como os negócios são conduzidos, o que cria produtos e serviços mais representativos, além de serem alinhados às necessidades de um público diverso.  

Trazer empoderamento 

Empoderar indivíduos de grupos subrepresentados é uma das metas centrais desta forma de empreendedorismo.  

Isso porque através do desenvolvimento de habilidades, confiança e acesso a recursos, é possível que essas pessoas adquiram as ferramentas necessárias para serem bem-sucedidas em seus mercados 

Criar políticas e regulamentações 

Este modelo de empreendedorismo busca influenciar políticas e regulamentações para garantir que todos tenham igualdade de oportunidades e que barreiras para grupos subrepresentados sejam eliminadas. 

Isso pode incluir políticas de incentivo fiscal, facilitação de crédito e programas de capacitação para empreendedores de populações historicamente marginalizadas. 

Desafios do empreendedorismo inclusivo 

Os desafios deste tipo de empreendedorismo incluem a dificuldade de acesso a recursos, preconceitos e estigmas, bem como a falta de políticas públicas. 

Acesso a recursos 

Grupos marginalizados enfrentam grandes dificuldades para acessar recursos essenciais ao empreendedorismo, como financiamento, educação e redes de apoio.  

E tais faltas podem dificultar o início e a expansão de novos negócios, o que cria um cenário de desvantagem para esses empreendedores em comparação com outros. 

Preconceito e estigma 

O preconceito social ainda representa um obstáculo significativo no empreendedorismo inclusivo. 

Afinal, a discriminação com base em gênero, etnia ou condição física limita as oportunidades de certos grupos.  

Além disso, estereótipos negativos dificultam parcerias comerciais e o acesso a mercados mais amplos, o que resulta em uma redução das chances de sucesso no ambiente corporativo. 

Falta de políticas públicas 

A ausência ou insuficiência de políticas públicas focadas na inclusão do empreendedorismo impede que grupos marginalizados tenham acesso a incentivos financeiros e programas de apoio adequados. 

Neste cenário, a criação de políticas específicas para esses grupos é fundamental para remover barreiras e promover um ambiente de negócios mais justo e acessível. 

O papel da inclusão produtiva  

A inclusão produtiva tem como objetivo integrar pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social ao mercado de trabalho, seja por meio de empregos formais ou iniciativas empreendedoras.  

Neste contexto, o seu papel é fundamental, pois ela visa proporcionar uma fonte de renda estável e digna, superando a exclusão social. 

Um exemplo importante de inclusão produtiva que demonstra o seu papel chave no empreendedorismo inclusivo são os programas de capacitação e formação profissional, que oferecem cursos e treinamentos para indivíduos em situação de vulnerabilidade.  

Esses programas preparam as pessoas para o mercado de trabalho ao mesmo tempo que incentivam a criação de negócios próprios, ou seja, promovem mais autonomia e empoderamento. 

Como fomentar o empreendedorismo inclusivo? 

Uma das formas que nós, da Aliança Empreendedora, fomentamos o empreendedorismo inclusivo é com o Programa Empreender 360, que conecta microempreendedores informais e formais com políticas públicas de desenvolvimento econômico e social.  

Deste modo, ao colaborar com entidades, especialistas e o poder público, o programa impulsiona a transição para uma economia mais justa, o que promove diretamente a inclusão de grupos vulneráveis.  

E para isso, o Empreender 360 promove e integra estudos, encontros estratégicos e recomendações, fundamentando-se em dados e nas experiências e vivências compartilhadas.  

Alguns exemplos de fomento do empreendedorismo inclusivo neste cenário são: 

  • Programa Federal Acredita no Primeiro Passo, focado em crédito e inclusão produtiva, com ênfase nas famílias inscritas no CadÚnico;  
  • Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino, que promove o empreendedorismo feminino com foco na inclusão de mulheres negras, indígenas e ribeirinhas;  
  • Pacto pelas Juventudes, que visa à inclusão produtiva de jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo oportunidades de trabalho e formação profissional. 

Além disso, o Empreender 360 realiza parcerias governamentais que não envolvem repasse de recursos financeiros e se dedicam à capacitação de empreendedores de baixa renda, o que contribui para a geração de renda e autonomia de milhares de pessoas que buscam realizar seus sonhos por meio do empreendedorismo.  

Parcerias como essas já estão em andamento nos estados do Maranhão, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo, e novos acordos estão previstos para iniciar em 2025. 

Exemplos de iniciativas de empreendedorismo inclusivo 

Programas de educação e capacitação são exemplos eficazes de iniciativas deste tipo de empreendedorismo, pois oferecem o aprendizado de habilidades empreendedoras para pessoas de diferentes contextos.  

Ou seja, esses programas são essenciais para reduzir desigualdades e fortalecer os negócios de grupos marginalizados.  

Um exemplo disso é o curso de Empreendedorismo Inclusivo do Tamo Junto e da Aliança Empreendedora. 

Essa iniciativa é totalmente gratuita, online e com certificado de conclusão, sendo um curso especialmente adaptado para pessoas com deficiência, com 8 videoaulas que podem ser assistidas quantas vezes forem necessárias.  

Os temas abordados incluem empreendedorismo, finanças, precificação, vendas, formalização e muito mais! 

Além do mais, o conteúdo é acessível e voltado para a realidade dos alunos, o que colabora para um aprendizado prático e aplicável.  

Entre os tópicos abordados no curso, estão gestão financeira, estratégias de vendas, marketing nas redes sociais e a importância da formalização do negócio, tudo para ajudar a impulsionar o empreendedorismo de forma inclusiva e sustentável. 

Conheça mais sobre o trabalho e atuação da Aliança Empreendedora em prol de um empreendedorismo mais inclusivo. 

Conclusão 

O empreendedorismo inclusivo tem um papel transformador ao abrir portas para grupos marginalizados e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.  

Isso porque, ao promover acesso igualitário, empoderar indivíduos e incentivar a diversidade nos negócios, ele gera impacto social positivo e fortalece a economia.  

E apesar dos desafios, como o preconceito e a falta de políticas públicas, iniciativas como as da Aliança Empreendedora, estão pavimentando o caminho para um futuro mais inclusivo e sustentável no mundo dos negócios. 

Junte-se a nós para um empreendedorismo mais justo para todos! 

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