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Ao todo, 61 alunas do projeto se reuniram em Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais para celebrar o encerramento do projeto e pegarem seus certificados.

Separadas por Curitiba e a 78 de KM de distância entre si, as cidades de Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais estiveram conectadas no último mês de junho. Durante os dias 22 e 23, os municípios receberam numa cerimônia de encerramento e formatura, as alunas que concluíram o ciclo de capacitações do Costurando o Futuro – uma iniciativa da Volkswagen Brasil, que acontece em parceria com a Aliança Empreendedora, a Burda Style e o Governo do Paraná.

Os olhares do projeto estavam em mulheres que procuravam uma nova renda por meio da costura. Para atingir seus objetivos, o Costurando o Futuro partiu de dois métodos. O Primeiro aconteceu pela prática da costura: durante dois meses aprenderam a costurar “do zero” e fabricar suas peças. E o segundo, pelo empreendedorismo, receberam capacitações com foco em geração de ideias e no despertar do senso empreendedor.

A ideia do Costurando Futuro surgiu em 2009 quando Ademir Gerardi, um funcionário da fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, viu nos resíduos e uniformes que eram incinerados, uma possibilidade – a do reaproveitamento desses materiais. Desde então, o projeto deu seus primeiros passos.  A partir de 2014, a Aliança Empreendedora trabalha como parceira para desenvolver a transformação social de moradores do entorno das fábricas da Volkswagen de São Bernardo do Campo e São José dos Pinhais e de regiões com potencial para receber a iniciativa.

A formatura

Família reunida, roupas confeccionadas por elas mesmas e emoção, foram apenas alguns dos elementos que estiveram presentes nas duas formaturas. Foi muito emocionante, mais do que todo mundo imaginava. Eu, por exemplo, nunca tinha chego a uma formatura, então foi incrível. Todo mundo reunido e feliz. Dava pra ver que todas estavam felizes. Quem foi até o final é porque realmente gosta de aprender. E eu fiz muitas amizades. Então a gente vê nos olhos e se emocionava juntas, porque todas estavam vivendo esse momento. Conta Kamila Almeida, uma das 29 alunas de Rio Branco do Sul que concluíram o processo de capacitação com mais de 70% de frequência. A cidade recebeu a cerimônia no dia 22 de junho.

Kamila recorda também como o curso foi importante para uma descoberta. Eu não imaginava que ia gostar tanto de costurar e que gostaria de empreender um dia. Um curso totalmente gratuito foi como um presente. Mudou a minha vida porque eu não me encontrava profissionalmente, e o curso veio para abrir meu pensamento. Uma forma de conseguir ser profissional e feliz.

Um fato curioso é que as alunas utilizaram as instalações do Museu e Biblioteca Pública da cidade para participarem do projeto. Um local rodeado com a história de uma das cidades mais antigas do Paraná, com 227 anos. E, como era de se esperar, durante os meses que elas estiveram ali adquirindo novos conhecimentos e oportunidades para o futuro, também tiveram a oportunidade de deixarem um pouco da sua história no local.

No dia 23, foi a vez de 32 alunas de são José dos Pinhais receberam o certificado. Elas, por outro lado, utilizaram um local mais convencional para a realização do curso, porém não menos enriquecedor. “Foi tudo muito bom. Às vezes a gente pensa que a costura não é muita coisa, mas temos que valorizar, percebi isso depois do curso.  Além disso, hoje em dia vejo o empreendedorismo com algo mais próximo. Com as consultorias que foram dadas, vamos conseguir algo legal com a costura. O curso veio a alavancar a todas as mulheres que participaram dele e querem começar a empreender. “ Comenta a formanda da turma de São José dos Pinhais, Cacilda das Dores Bonatto.

O costurando Futuro Formou 61 mulheres em Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais

O costurando Futuro Formou 61 mulheres em Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais.

“Vai que Dá!” e participação da Burda

A Aliança empreendedora se encarregou desenvolver o perfil empreendedor das alunas com a Jornada Empreendedora Vai Que Dá. A partir da Teoria do Effectuation, a equipe de assessores e facilitadores procurou despertar o interesse empreendedor das alunas, mostrando que, apenas com o que têm em mãos, podem começar a empreender. Já a Burda, mostrou conhecimento prático, disponibilizando professoras de costura para quem ensinassem as alunas de Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais a costurarem do zero.

O foco do projeto estava no despertar empreendedor a partir do conhecimento técnico da costura. Trocando em miúdos: que começassem a empreender com os conhecimentos que fossem adquiridos durante o projeto. Para que isso aconteça, a Aliança Empreendedora vai oferecer às formandas, 6 meses de acompanhamento com a mentoria individual e a mentoria coletiva, é o que conta Maurício Picanço, Assessor de Empreendimentos da Aliança Empreendedora.

A proposta da mentoria coletiva é dar continuidade ao apoio que nós demos para elas durante o curso. Vem para ajudar elas não perderem o foco e se manterem nos trilhos, visto que a maioria é iniciante. Uma inspiração nessa fase delas para continuidade do que foi realizado. E para as que já começaram empreender, tem a mentoria individual. Um mentor que já é empreendedor oferece esse acompanhamento compartilhando sua experiência e auxiliando as alunas a encontrarem soluções para as adversidades. ”

Além disso, a Burda ofereceu gratuitamente a todas um ano de assinatura da sua revista, para que elas acompanhem tudo que acontece de novo no ramo da costura.

Surpresa

Durante as formaturas, as empreendedoras mostraram vontade de começar seus negócios, cada uma com ideias diferentes. Porém, depois de aprenderem a costurar do zero e a darem os primeiros passos como empreendedoras, faltava apenas uma coisa para colocarem em prática tudo o que foi desenvolvido durante o projeto: uma máquina de costura. E foi exatamente o que ganharam nas cerimônias de encerramento. “Pra nós foi uma surpresa. Todo mundo estava achando que seria sorteada uma máquina. Mas quando anunciaram que todas iriam ganhar, foi aquela euforia. Nós nunca imaginamos ganhar um presente assim. E vai ser uma coisa muito boa para todas, porque todo mundo quer continuar costurando, ter um ganha pão. No meu caso eu não trabalho fora. O que eu gosto é de costurar e agora posso fazer.” Conta Ariete de Fatima Lorenço de Souza, formanda de Rio Branco do Sul.

 

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