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Primeiras etapas do projeto já estão acontecendo em outubro com os cursos de corte e costura. Em novembro são iniciadas as capacitações em empreendedorismo e design

O projeto Costurando o Futuro está capacitando 200 mulheres em costura, design e empreendedorismo. Em seu terceiro ano de funcionamento no Paraná, a iniciativa chega a habitantes de oito cidades da Região Metropolitana de Curitiba, realizando atividades presenciais em cinco delas: Rio Negro (englobando empreendedoras também de Campo do Tenente), Mandirituba (incluindo empreendedoras de Quitandinha), Lapa (com empreendedoras também de Contenda), Agudos do Sul e Piraquara.

As primeiras etapas já estão acontecendo em outubro, com os cursos de costura desenvolvidos pela Academia Burda. Em novembro, acontecem as capacitações sobre empreendedorismo, ministradas pela Aliança Empreendedora, e design, com a Badu Design.

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O projeto é realizado pelo Governo do Estado do Paraná, Volkswagen do Brasil e Aliança Empreendedora, em parceria com a Academia Burda e a Badu Design. Além disso, conta com o acompanhamento técnico da Fundação Volkswagen. Na etapa anterior, capacitou outras 200 mulheres na região de Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná.

“Um ponto importante no programa é que a indicação dos municípios mais estratégicos para realizar o Costurando o Futuro vem da própria Secretaria Estadual da Família e Desenvolvimento Social (SEDS), com apoio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). A SEDS realiza um mapeamento dos municípios que têm estrutura para receber o projeto e nos quais é possível conseguimos levar oportunidades para famílias que têm interesse e estão em situação de maior vulnerabilidade. Assim, conseguimos uma seleção muito focada em quem precisa e tem realmente interesse em empreender na área de costura”, avalia Crisfanny Souza Soares, coordenadora do projeto Costurando o Futuro na Aliança Empreendedora.

 

O objetivo é que o projeto seja uma oportunidade de renda e de emancipação para mulheres. Embora as atividades não sejam destinadas apenas a elas, sua presença tem sido maioria. Crisfanny diz que nesta nova fase há nove homens no contingente total de 200 empreendedores. Além da questão cultural, isso se deve, na avaliação da coordenadora, ao fato de o projeto ser muito mais estratégico para as mulheres, que permanecem mais tempo em casa para cuidar dos filhos e conseguem trabalhar e ter mais flexibilidade de tempo com a costura.

Em Rede

O Costurando o Futuro tem no trabalho em rede uma ferramenta importante para a estruturação dos novos negócios que surgem a partir das capacitações. Embora as pessoas terminem o ciclo do projeto realmente em condições de iniciar um novo negócio, uma das principais dificuldades do empreendedor é se sentir sozinho ao começar um negócio, com ausência de referências de como seguir e sem contato com pessoas que passaram pela mesma situação e que podem ajudar com a troca de experiência ou mesmo mentoria.

A Rede Costurando o Futuro, criada pela Fundação Volkswagen, agrega todas as pessoas que já passaram pela capacitação e vem ajudar a suprir essa e outras lacunas. “A Rede é também muito estratégica para o fortalecimento desses negócios, possibilitando a realização de compras coletivas e o estabelecimento de parcerias mais estruturadas”, avalia Crisfanny.

Inicialmente desenvolvida para receber materiais de descarte do Grupo Volkswagen e seus fornecedores (cintos de segurança, tecidos automotivos e capas de bancos, materiais que seriam descartados e que logo se transformam em bolsas, mochilas, nécessaires e outras peças nas mãos das habilidosas costureiras), a Rede logo se mobilizou para outras coisas, como buscar novas oportunidades de negócios e comercialização. As peças têm apelo sustentável, já que todo esse material deixa de ser descartado e dá vida a outros produtos.

A Rede também pode ajudar a diminuir a dificuldade em acessar canais de venda para essas peças, que costumam ser expostas e comercializadas em pequenas feiras, nas quais a maioria dos participantes mostra produtos muito parecidos. “A gente quer também, com as ações na Rede, fortalecer a visão de novos canais de comercialização, como no caso da Rede Costurando o Futuro em São Paulo, que promove articulação para venda em shoppings, bazares e lojas sociais. Estamos buscando construir esse tipo de estratégia com a Rede do Paraná, para que as pessoas que passam pelo projeto tenham nesse coletivo um espaço para realmente fortalecer negócios e crescer coletivamente”, diz a coordenadora do projeto na Aliança Empreendedora.

A Aliança dá suporte em formato de assessorias para que a Rede se articule e continue acontecendo. Em dezembro, haverá um momento de encontro entre as empreendedoras formadas na região de Francisco Beltrão e as de Curitiba para promover trocas de experiências e crescimento.

Como resultado também do trabalho em rede, as costureiras de Francisco Beltrão lançam, no  início do mês de novembro, uma coleção de peças desenvolvidas junto com integrantes da Badu Design.

Primeiro ‘diploma’

As 200 novas empreendedoras que estão sendo capacitadas presencialmente pelo projeto Costurando o Futuro terão uma cerimônia de formatura no início de dezembro.

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“Para muitas dessas empreendedoras, concluir o curso é ter seu primeiro diploma, o primeiro certificado. Queremos que a formatura seja um momento especial de valorização desse passo, para incentivá-las ainda mais a desenvolver seus negócios na área de costura, entender isso como uma oportunidade”, diz Crisfanny.

Ao longo das capacitações, as empreendedoras são convidadas a participar de um desafio – o concurso Meu Negócio é Costura – e apresentar ideias de negócios e protótipos de produtos. Os melhores recebem uma máquina de costura idêntica à utilizada no curso, materiais e mentoria para que os primeiros passos nos negócios tenham êxito.

Além da formação presencial no Paraná, a Aliança Empreendedora traz a oportunidade para pessoas interessadas em empreender na área de costura em todo o país acessarem um curso pocket online, que traz conteúdo sobre precificação, canais de venda e como montar uma coleção. O curso, montado a partir de material desenvolvido pela Rede Asta, vai ser disponibilizado na plataforma Tamo Junto e poderá ser acessado gratuitamente por costureiras e artesãs.

 

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