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No dia 12 de novembro, durante o evento oficial de abertura da Semana Global do Empreendedorismo realizado pela Endeavor no Museu de Imagem e Som de São Paulo, os vencedores do 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário foram homenageados.

O evento contou com algumas mesas de discussão sobre o empreendedorismo no Brasil, e, entre os presentes estavam Gilberto Dimeistein, colunista da Folha de São Paulo e da CBN e Luiza Trajano, fundadora do Magazine Luiza.

Os vencedores tiveram destaque no evento e como imaginamos, a presença deles afirmou os presentes que o empreendedorismo comunitário e o trabalho de cada microempreendedor brasileiro desenvolve e muito as comunidades!

Lina, Diretora Executiva da Aliança Empreendedora, Fernando Rosembaum e família, vencedor da Categoria Empreendedor Individual, Francisco Chagas Ribeiro Neto, vencedor da categoria Jovem Empreendedor com Paulo Mindlin, Diretor Executivo do Instituto Walmart e Regina Tchelly, vencedora da categoria Mulher Empreendedora com Fernanda Ferreira, Coordenadora do Programa CataAção.

Lina, Diretora Executiva da Aliança Empreendedora, Fernando Rosembaum e família, vencedor da Categoria Empreendedor Individual, Francisco Chagas Ribeiro Neto, vencedor da categoria Jovem Empreendedor com Paulo Mindlin, Diretor Executivo do Instituto Walmart e Regina Tchelly, vencedora da categoria Mulher Empreendedora com Fernanda Ferreira, Coordenadora do Programa CataAção.

Nesse ano, o Prêmio contou com o patrocínio master do Instituto Walmart – que investe em projetos voltados a mulheres, jovens e catadores e do Programa CATA AÇÃO – cujas ações visam contribuir para a sustentabilidade econômica e a cidadania plena de catadores de materiais recicláveis e suas famílias. O objetivo do prêmio é identificar microempreendedores – com faturamento anual de até R$ 240mil – que se destacam tanto pelo negócio que empreendem quanto por sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social de sua comunidade.

Nessa edição, o prêmio foi dividido em 5 categorias – Empreendedor Individual, Mulher Empreendedora, Jovem Empreendedor, Grupo Empreendedor e Catador Empreendedor. O 1º colocado de cada categoria recebeu um patrocínio de R$ 5.000 (cinco mil reais) para investir em seu negócio, além de ter participado de uma capacitação oferecida pela Aliança Empreendedora em São Paulo durante 3 dias, o 2º colocado de cada categoria teve a oportunidade de participar da capacitação da Aliança Empreendedora em São Paulo também.

Conheça agora a história de todos os vencedores do 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário, e porque essas pessoas têm inspirado outras pessoas a empreender:

Francisco das Chagas Ribeiro Neto

Francisco das Chagas Ribeiro Neto

Categoria Jovem Empreendedor

1º lugar: Francisco das Chagas Ribeiro Neto
Microempreendimento: Sítio Carijó
Cidade: Pentecoste – Ceará
Francisco tem 29 anos e é natural de Pentecoste no Ceará. Deixou a cidade aos 8 anos quando seus pais se separaram e foi morar em Fortaleza com a mãe, mas nunca deixou de gostar da vida no campo. Depois de trabalhar em Fortaleza como operador de produção na indústria têxtil, e passar por diversos trabalhos informais para ajudar a mãe que era empregada doméstica no sustento da casa, decidiu voltar para Pentecoste e assumir o trabalho na propriedade rural da família. Na mesma época, fez o curso que a ADEL (Agência de Desenvolvimento Local) oferecia na região: Formação de jovens empreendedores rurais. Francisco fez o curso, acessou microcrédito e começou a criação de frangos caipiras. De R$200,00 mensais, sua renda hoje é de R$ 1.070,00, o que possibilitou a volta da mãe e dos irmãos para trabalhar no Sítio Carijó, empreendimento de Francisco.

Fernando Rosembaum e sua esposa Patrícia Valverde

Fernando Rosembaum e sua esposa Patrícia Valverde

 Categoria Empreendedor Individual

1º lugar: Fernando Chotguis Rosembaum
Microempreendimento: Bicicletaria Cultural
Cidade: Curitiba – Paraná

Fernando tem 33 anos, é artista e cicloativista. Em agosto de 2011, em parceria com Patrícia Valverde, abriu as portas da Bicicletaria Cultural, um espaço no centro de Curitiba voltado para atender a necessidade dos ciclistas de um centro de apoio e formação da cultura da bicicleta, além de um espaço para a discussão e produção cultural. Estacionamento de bicicletas (área restrita e coberta), oficina mecânica, aluguel de bicicletas, shows, exposições, exibição de filmes, curso de mecânica básica, curso de línguas (russo, sânscrito, inglês e francês) e cursos de consciência corporal estão entre as atividades oferecidas pelo espaço. O cicloativismo e a produção cultural são as bases da Bicicletaria Cultural e o espaço tem sido um local de encontro de artistas e bikers em um fenômeno pioneiro na cidade de Curitiba.

 

Regina Coelli de Araújo Freitas ou apenas Regina Tchelly

Regina Coelli de Araújo Freitas ou apenas Regina Tchelly

Categoria Mulher Empreendedora

1º lugar: Regina Coelli de Araújo Freitas
Microempreendimento: Favela Orgânica
Cidade: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

Regina tem 31 anos e é natural do interior da Paraíba. Trabalhou como empregada doméstica em João Pessoa e lá recebeu um convite para mudar-se para o Rio de Janeiro, trabalhando também como doméstica, mas ganhando um pouco mais. No Rio Regina começou a trabalhar com uma mulher que valoriza a cozinha com produtos naturais, orgânicos e integrais. E foi aí que ela aprimorou o amor pela cozinha, tomou gosto pelos produtos naturais e pela culinária orgânica. Fez um curso de culinária no SENAC, e logo depois, surgiu um edital de projetos no Morro da Babilônia, comunidade onde mora. Depois de muita orientação do projeto, Regina apresentou a ideia de trabalhar com o ciclo do alimento, através de oficinas para a comunidade (oficinas de consumo e desperdício; de princípios da permacultura com a construção de composteiras caseiras e de valores nutricionais). Regina começou o empreendimento com pouco recurso, pois não foi contemplada pelo edital da primeira vez. No segundo ano recebeu recurso do mesmo edital e hoje, a Favela Orgânica promove hoje práticas saudáveis e sustentáveis de alimentação aliadas ao prazer de cozinhar, através de buffets, oficinas e participação em eventos sobre o ciclo do alimento e o consumo consciente para todos. Dentre os vários clientes da Favela Orgânica, estão: Prefeitura do Rio de Janeiro, Philips e Sebrae.

 

Associacao das Mulheres Pescadoras do IPEROBA

Associacao das Mulheres Pescadoras do IPEROBA

 Categoria Grupo Empreendedor

1º lugar: Associação das Mulheres Pescadoras do Iperoba – AMUPI
Cidade: São Francisco do Sul – Santa Catarina

A Associação das Mulheres Pescadoras do Iperoba surgiu em 2010 da necessidade das mulheres pescadoras da região em gerar mais renda e estabilidade ao agregar valor aos produtos da pesca artesanal. Trabalham 9 mulheres na Associação, e os produtos oferecidos pelas pescadoras são, além dos peixes, produtos derivados como caldos, filés, lingüiça de peixe, bolinho e camarão a milanesa. O beneficiamento do peixe permitiu as mulheres acabar com a figura do atravessador, oferecendo assim à comunidade diretamente produtos de qualidade e inovadores, como a lingüiça de peixe. As mulheres hoje alugam o próprio espaço de trabalho, têm o reconhecimento da comunidade local e já comercializam para o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar – oferecendo alimentos saudáveis para as crianças da região.

Cooperativa Aguapé

Cooperativa Aguapé

 

Categoria Catador Empreendedor

1º lugar: Cooperativa Mista de Trabalho e Produção de Coleta Seletiva, Reaproveitamento e Reciclagem do Lixo Ltda. – Aguapé
Cidade: Munhumirim – Minas Gerais

A Cooperativa surgiu em 2005, impulsionada pelo fechamento do lixão da cidade, quando os catadores que trabalhavam lá perceberam que precisavam buscar outra fonte de renda. Nessa época, a ONG Ponto Terra reuniu os catadores para conversar sobre o lixo e o cooperativismo. Após as reuniões e apoio da ONG, surgiu a Cooperativa Aguapé. Dois anos após sua constituição, a Cooperativa pleiteou junto à prefeitura da cidade a gestão da Usina de Triagem e Compostagem da cidade. E conseguiu através da assinatura de um  contrato de prestação de serviço para Prefeitura de Manhumirim. A cooperativa emprega 20 pessoas, e de 2008 para cá, vêm conseguindo cada vez mais apoio e capacitação para poder oferecer melhores salários aos cooperados. Um dos objetivos da cooperativa é conseguir Certificação Internacional SA 8000 (em andamento) para abrir novos mercados com indústrias e para logística reversa. O trabalho dessa cooperativa é exemplo para muitas organizações de catadores no país, que buscam todos os dias que seu trabalho seja reconhecido pelas prefeituras municipais.

Conheça os 2ºs colocados:                

Categoria Jovem Empreendedor – Tony Marlon
Microempreendimento: Escola de Notícias

Tony tem 28 anos e empreende a Escola de Notícias desde 2011 oferecendo serviços de comunicação para organizações sociais em São Paulo. Geração de conteúdos para sites, portais, e outras mídias; gestão de redes sociais e páginas institucionais; registro de ações e projetos socioculturais por meio de documentários e produção audiovisual são alguns dos serviços oferecidos pela Escola. A ideia da Escola surgiu em 2006 quando Tony participou do primeiro Ciclo de Formação de Jovens Empreendedores Sociais – Geração MudaMundo GMM, realizado no Brasil pela Ashoka Empreendedores Sociais.

Categoria Empreendedor Individual – Silvio José Schorrecke Gonçalves
Microempreendimento: Jornal Regional do Cajuru

Silvio tem 32 anos e começou a produzir o primeiro jornal de caráter comunitário do Bairro Cajuru em Curitiba ainda esse ano, o Jornal Regional do Cajuru. O veículo feito pela comunidade e para comunidade tem uma linguagem fácil e permite que os moradores do bairro escrevam e exponham sua opinião no jornal. Além disso, o jornal é distribuído gratuitamente e é uma alternativa de publicidade barata para os comerciantes da região, que dificilmente teriam recurso para investir em outra mídia. Como o empreendimento ainda é recente, Silvio está com um projeto no Portal Impulso, cara captar recurso para a impressão das próximas edições e realização de oficinas de comunicação gratuitas na comunidade. Confira em: http://www.impulso.org.br/pt/projects/9-silvio-schorrecke-jornal-comunitario-do-cajuru

 Categoria Mulher Empreendedora – Maria Ivoneide do Vale
Microempreendimento: Instituto Banco Tupinambá

Maria Ivoneide tem 46 anos e abriu o Instituto Banco Tupinambá em Belém, no Pará, para atender a demanda de microcrédito para empreendedores, empréstimo para consumo feito com a moeda social e atender como correspondente bancário na região. A moeda social teve o apoio do Instituto Palmas para começar, e hoje, o Instituto Banco Tupinambá é um negócio social sustentável, que atende as necessidades da região e além disso, contribui para que o dinheiro circule dentro da comunidade. O sonho de Maria é que o Instituto torne-se referencia em economia solidária na região.

Categoria Grupo Empreendedor – Arte Nativa da Amazônia
Contato de Luzimeire: (92) 8101-6305 e (92) 9179-4440

O grupo Arte Nativa da Amazônia é um grupo familiar formado por 04 artesãos/ãs que iniciou em 2010 da necessidade dos integrantes de gerar renda. O grupo escolheu trabalhar com sacolas para feiras/mercado, bolsas para eventos (seminários, congressos), lixeiras para campanhas educacionais (algodão cru, juta, TNT), crachás (algodão cru, juta), pasta de palha para eventos, embalagens p/presente (algodão cru, juta, TNT), sacolinhas para presente (DVD, CD, etc), embalagens para garrafa (juta), bloco de notas, necessaire (algodão, juta, nylon 600 e reaproveitamento de banner), mochilas (juta e algodão cru), sempre pensando em valorizar a cultura local e vender junto com os seus produtos, o conceito de preservação do meio ambiente. Hoje já atende grandes empresas e instituições como a Whirlpool América Latina e a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.

Categoria Catador EmpreendedorCooperativa de Agentes Ambientais FRAGET – COOAFRA
Contato de Elaine: (53) 3281-2399

A Associação de Vilas Reunidas FRAGET se constitui em 1981 com o objetivo de melhorar as condições de infra-estrutura da cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul. Localizada numa área de alagamento e próxima ao centro da cidade, muitos catadores de materiais recicláveis catavam material ao seu redor como forma de gerar renda. A FRAGET cedeu então, um espaço no terreno da Associação para os catadores se organizarem. Os primeiros anos foram muito difíceis, pois o grupo demorava cerca de 3 meses para organizar e vender uma carga de material, e sofria com a falta de equipamentos como prensas e picotadeiras de papel. Passo a passo a Cooperativa de Agentes Ambientais conseguiu a Licença Ambiental, ampliou o espaço físico, adquiriu um caminhão via financiamento, e aumentou sua captação de material reciclável. A COOAFRA hoje coloca em pratica o empreendedorismo, a autogestão, e os princípios do cooperativismo além de gerar renda direta a 18 pessoas e a mais 30 famílias que trazem o lixo reciclável e fazem dele sua renda.

 

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