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Obra celebra realização do projeto durante três anos no Paraná e será lançado em agosto. Mais de 400 pessoas foram capacitadas em 22 cidades.

Julho foi um mês movimentado para a Aliança Empreendedora. Além da realização do 6º Encontro Nacional de Microempreendedores e Parceiros e do 3º Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo, também é um mês de trabalho na pós produção de dois documentários a serem lançados sobre mulheres empreendedoras que participaram do Costurando o Futuro.

A produção, comandada por Luísa Bonin, traz o depoimento de duas empreendedoras que participaram do Costurando o Futuro, projeto da Fundação Volkswagen realizado desde 2009 em parceria com a AE. Rozângela Pickler de Souza Oenning e Rosemar da Silva, residentes de Nova Esperança do Sudoeste e Pranchita, respectivamente, contam como o projeto impactou suas vidas.

O projeto

Por acreditar na transformação social por meio do empreendedorismo, o Costurando o Futuro visa mobilizar, capacitar e apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade social, incentivando seu desenvolvimento e conectando-as a uma rede de empreendedores e apoiadores no setor da costura.

A proposta une capacitação técnica, formação empreendedora e promoção da sustentabilidade, uma vez que a Fundação Volkswagen faz a intermediação para doação de tecidos dos uniformes e outros materiais como revestimentos de bancos de carro e cintos de segurança do Grupo Volkswagen e de seus fornecedores.

Criada na região do ABCD de São Paulo, a proposta deu tão certo, que foi expandida para o Paraná em uma parceria entre o Grupo Volkswagen do Brasil e a Aliança Empreendedora, com apoio do Governo do Estado do Paraná e parceria da Academia Burda e da Badu Design. Durante os três anos em que foi realizado no Paraná, o projeto capacitou mais de 400 pessoas em 22 cidades e promoveu a reutilização de 76 toneladas de tecido.

Metodologia 

O Costurando o Futuro divide-se em três momentos: 91 horas de capacitação em corte e costura, 21 horas de capacitação em empreendedorismo na Jornada Empreendedora e 16 horas de capacitação em Design Artesanal.

Ao final dessa etapa, os participantes, majoritariamente mulheres (96%), são apresentados ao desafio “Meu Negócio é Costura”, no qual são convidados a criar e apresentar um protótipo de produto e ideia de negócio. Além de reconhecer os cases de destaque com doação de maquinário para darem início aos seus negócios, o concurso motiva os participantes a concluir as etapas sem faltas – critério para receber o reconhecimento.

Novidades

Em 2018, durante o terceiro ano de realização do desafio, a Aliança usou novas estratégias para se aproximar ainda mais das empreendedoras e promover maior engajamento do público, como a criação de grupos no WhatsApp, envio de dicas e cases dos setores da costura e do artesanato, exibição do curso digital Porque você e todos podem empreender, realização de feiras para comercialização das produções, entre outras.

Entre esses novos mecanismos de mobilização está a realização da primeira Feira de Produtos na praça central do município de Francisco Beltrão; a realização do desfile Eu que fiz, durante o Encontro Regional da Rede Costurando o Futuro Paraná, onde as empreendedoras puderam mostrar suas peças; e a produção do curso online Meu Negócio é Costura, com foco nas principais dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras, como precificação, canais de comercialização, planejamento e montagem de coleções.

Aprendizados

Outro material do projeto, o vídeo-relatório traz depoimentos sobre a influência do Costurando o Futuro na vida de empreendedoras como Luana Calazans, do município de Piraquara (PR), que quase desistiu do projeto por medo de trabalhar nas máquinas de costura industriais. “No Costurando o Futuro, eu aprendi que o que fazemos com dedicação pode dar certo.”

Joseane Gomes também ressalta as lições obtidas com a participação no projeto. “Aprendi a reutilizar muita coisa. Como faço parte de um grupo de sustentabilidade, participar do Costurando o Futuro foi muito bom.”

“O aprendizado que esperamos que fique é que é possível chegar lá. Queremos que essas empreendedoras acreditem em si mesmas e levem essa mensagem de empoderamento para outras pessoas”, afirma Crisfanny Souza, coordenadora de projetos da Aliança Empreendedora.

 

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