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Para comemorar os 10 anos da Aliança Empreendedora, que já apoiou 19 mil microempreendedores brasileiros a desenvolverem seus pequenos negócios, listamos 10 razões para acreditar que todos podem empreender, e com isso, ajudar a desconstruir mitos que cercam a imagem que muitas pessoas têm sobre empreender um negócio e se tornar empreendedor ou empreendedora. Todas as razões estão diretamente ligadas à nossa metodologia de trabalho.

1. Empreender não é um dom, ninguém nasce empreendedor ou empreendedora

Saras D. Sarasvathy, autora do livro “Effectuation – Elementos da Expertise Empreendedora, 2008 entrevistou 52 empreendedores em 17 estados americanos com faturamento entre 200mi e 6,5 bi, e concluiu que são determinados tipos de ações que fazem uma pessoa empreendedora, e não – como muitos pensam – certos traços de personalidade herdados geneticamente.

Ou seja, qualquer pessoa pode aprender a agir de forma empreendedora. Ter uma atitude empreendedora é, portanto, uma questão de escolha individual, e não uma tendência natural, um dom ou alguma consequência do ambiente em que a pessoa está inserida.

Além disso, a pesquisa “Anatomia de um Empreendedor” realizada pela Fundação Kaufmann descobriu que 52% dos empreendedores de sucesso são os primeiros de sua família a iniciar um negócio. E entre eles estão Bill Gates (Microsoft), Jeff Bezos (Amazon) e Larry Page e Sergei Brin (Google).

Quer saber como começar a empreender?
Acesse gratuitamente a vídeo-aula Como começar a empreender do site Tamo Junto, iniciativa da Aliança Empreendedora para oferecer conteúdo e conhecimento para microempreendores através da internet: www.tamojunto.org.br.

2. Você não precisa de muito dinheiro para começar um negócio (e às vezes não precisa de nenhum)

Com as pesquisas, Saras D. Sarasvathy concluiu também que empreendedores experts guiam suas decisões baseados em cinco princípios. O primeiro é o “Princípio do pássaro na mão”: ao empreender, é necessário ter foco nos meios ao invés do objetivo. Isso significa que ao invés de definir uma meta e ir atrás dos investimentos necessários para alcançá-la,  empreendedores analisam os recursos que já possuem à sua disposição ou que podem conseguir através de sua rede de contatos e, a partir disso, criam uma ou mais ideias de negócio.

Essa abordagem também faz com que a pessoa não faça grandes empréstimos e dívidas para começar, já que o começo é sempre o mais desafiador. Dessa forma ele arrisca somente o que pode perder, e vai aprendendo durante o processo, para poder assumir riscos maiores no futuro. Essa atitude descreve o segundo princípio listado por Sarasvathy: “Apostar somente o que pode perder”.

Muitos brasileiros, segundo a pesquisa “Empreendedores Brasileiros: Perfis e Percepções” (Endeavor e IBGE 2013), colocam a falta de recurso como uma das principais razões pelas quais não planejam empreender. E aí? Que tal parar de pensar na falta de dinheiro e tirar aquela sua grande ideia do papel começando por aquilo que você já tem?

 3. Você não precisa ter ensino formal para ser empreendedor

O relatório executivo do Global Enterpreneurship 2014, que coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking de empreendedorismo no mundo, mostra que, no Brasil, a maioria dos empreendedores já estabelecidos não possuem o segundo grau completo.

A Fundação Kaufmann tem pesquisado extensivamente como a educação pode ajudar empreendedores a crescer, e entende que o melhor momento para capacitá-los é quando estão começando um negócio ou planejando o crescimento de um já existente. Ou seja, segundo a pesquisa da Kaufmann, citada no artigo “Can Entrerpreneurs Be Made?”, de Vivek Wadhwa, o que empreendedores precisam não é do “tipo de informação teórica e abstrata que muitas Escolas de Negócios das faculdades ensinam, e sim do ensino prático, relevante para o momento de negócio em que estão”. E esse tipo de conhecimento, hoje, não está no currículo da maioria das universidades brasileiras.

Se você está abrindo ou planejando mudanças em seu negócio, já pensou em procurar os órgãos de apoio em sua região? A Aliança possui projetos em algumas cidades brasileiras e também lançou o site Tamo Junto com conteúdo para microempreendedores: www.tamojunto.org.br. Além disso, o  Sebrae e o Senac estão presentes em todos os cantos do país, e a Endeavor Brasil também oferece vários conteúdos online para empreendedores.

4. Tamanho não é sinônimo de sucesso

Segundo dados do SEBRAE, 99% das empresas brasileiras são micro e pequenas empresas (8,9 milhões), elas geram 52% dos postos de trabalho no Brasil, representam 40% dos salários pagos e são responsáveis por gerar 27% do PIB nacional. Ou seja, as micro e pequenas empresas tem um impacto gigantesco na economia do nosso país, apesar de não nos darmos conta disso.

Quando você pensa em empreendedores bem sucedidos, que pessoas vêm à sua mente? Muitos brasileiros ainda associam sucesso ao tamanho do negócio ou ao faturamento do negócio. Porém, a visão de sucesso de cada um é diferente e tem a ver com os sonhos que cada pessoa tem. Muitos não sonham em ter negócios grandes, e sim em ter seu próprio negócio, mesmo que pequeno, bem desenvolvido e gerando resultados. Isso também é sucesso.

Agora, quando você pensar em empreendedores bem sucedidos, que tal lembrar-se dos empreendedores que fazem uma grande diferença no comércio e serviço da sua região?

 5. Ter falido um negócio não transforma ninguém num mal empreendedor ou empreendedora, errar faz parte do processo

Antes de obter sucesso na criação da lâmpada, Thomas Edison criou 10.000 protótipos que deram errado. Colonel Sanders, fundador da rede de fast food americana KFC tentou vender sua receita de frango frito para 1009 restaurantes antes de conseguir um cliente e Richard Brandson fundou 400 empresas antes de fundar a bem sucedida Virgin como ela é hoje. São muitas histórias como essa: Henry Ford, Walt Disney, Oprah Winfrey e até mesmo J.K Rowling fracassaram antes do sucesso.

O que essas histórias têm em comum? Sarasvathy listou como quarto princípio o “Princípio da limonada”. Ela afirma que mais importante do que evitar o fracasso, é saber como geri-lo e utilizá-lo a favor do negócio e do seu crescimento como empreendedor ou empreendedora. Esse princípio sugere o reconhecimento e apropriação de intervenções, aproveitando surpresas ao invés de tentar evitá-las, superá-las ou adaptar-se a elas. Em resumo, é a habilidade de transformar o inesperado em valor e rentabilidade. Ou seja, devíamos melhor ouvir nossos pais e avós quando repetiam “Se a vida te dá limões, faça uma limonada”.

Eric Ries, no livro “Startup enxuta” afirma ainda que o erro é benéfico para o processo de desenvolvimento de um novo negócio. Mas enfatiza: é preciso falhar o mais cedo possível e aprender rápido! Em outras palavras, é preciso manter os fracassos pequenos e eliminá-los enquanto ainda não geram piores consequências.

E aí? Quantas vezes você está disposto a tentar?

6. Empreendedorismo não está necessariamente ligado à obtenção de lucro

Se você procurar a palavra “empreender” no dicionário, vai encontrar uma definição parecida com essa: 1. Resolver-se a praticar (algo laborioso e difícil); tentar, delinear, 2. Pôr em execução, 3. Realizar, fazer (Michaelis).O conceito de empreendedorismo é bastante amplo, e empreender um negócio é apenas uma das diversas formas de se tornar um empreendedor ou empreendedora.

Você pode, por exemplo, empreender uma solução para algum problema social para gerar impacto positivo: como muitos Empreendedores Sociais ou Cívicos; você pode empreender algum projeto interno ou criar algo novo, ou uma nova forma de realizar uma tarefa já existente como colaborador ou colaboradora de uma empresa: como muitos Intra-Empreendedores ou Empreendedores Corporativos. Você pode até mesmo, dentro da sua realidade, seja ela de estudante, de participante de uma comunidade ou associação de bairro, igreja, universidade, família ou cidade, colocar a mão na massa e realizar ações que você tenha vontade de empreender.

7. Fazer um empréstimo para o negócio e contrair uma dívida não é sempre ruim

Apesar do peso que a palavra dívida carrega, principalmente quando se fala da tomada de crédito para consumo (cartão de crédito, empréstimos pessoais, etc.), quando uma dívida é derivada de um empréstimo bem pensado, planejado e com o objetivo de aumentar a receita de um negócio, ele é vital para o desenvolvimento da empresa.

Muitos microempreendedores tem tanto medo de contrair uma dívida que acabam descartando essa alternativa antes mesmo de pensar sobre ela frente a um novo desafio de negócio.

O Edinaldo Souza, empreendedor apoiado pela Aliança Empreendedora, dono de uma bicicletaria na região metropolitana de Curitiba, começou o negócio com muito pouco recurso e conhecimento. Como não tinha capital de giro para estocar produtos necessários para o conserto das bicicletas, toda vez que aparecia um novo serviço, ele ia até a distribuidora de peças para comprar. Para alavancar o seu negócio, Edinaldo pegou um microcrédito para capital de giro, cerca de R$ 1.000. Com o crédito, conseguiu comprar mais peças por um preço melhor, e economizou o tempo que levava para ir para a distribuidora de peças tão frequentemente, ou seja, o empréstimo trouxe retorno imediato para o seu negócio.

8. Você não precisa encontrar uma oportunidade para empreender, você pode criar uma

Mais uma vez: Saras D. Sarasvathy! Durante sua pesquisa, ela descobriu que, ao contrário do que pregam as Escolas de Negócios, os empreendedores experts que ela entrevistou não elaboraram, no início de suas jornadas, o Plano de Negócio – documento com diversas pesquisas e projeções futuras sobre as chances de sucesso de uma ideia de negócio. Ou seja, eles não encontraram uma “boa oportunidade” para empreender – segundo os parâmetros do mercado já existente.

Na verdade, segundo Saras, empreendedores experts não acreditam em pesquisas de mercado.  Ao contrário, eles acreditam que o futuro é impulsionado principalmente pela ação humana, que é intrinsicamente imprevisível e não suscetível à medição. Portanto, eles optam por tentar controlar e modelar o futuro ao invés de predizê-lo com pesquisas e estudos. Em resumo, empreendedores vão criando o negócio à medida que começam a empreender e redirecionam seus objetivos e o modelo do negócio conforme as respostas do mercado. Por esse motivo, empreendedores de sucesso são, em grande parte, inovadores. Eles criam negócios para atender necessidades que nós sequer sabíamos que teríamos um dia.

Mas peraí, então o Plano de Negócios não funciona?
Funciona sim, principalmente como uma ferramenta de planejamento complementar à abordagem descoberta e indicada por Saras. O que caiu por terra foi a percepção de que o sucesso de um negócio está ligado única e exclusivamente ao desenho de um Plano de Negócio.

9. Empreender é sobre lidar com incertezas e não sobre ter certezas

O estudo de Sarasvathy mostra que empreendedores experts superam a incerteza tratando os eventos inesperados como oportunidades para exercitar o controle de situações emergenciais.  Sustentar um negócio de sucesso por longos períodos de tempo requer que o empreendedor ou a empreendedora sobreviva a fracassos, acumule sucessos com aprenda de ambos.

Empreendedores expert s sabem que é impossível antecipar ou prever o futuro, e não gastam sua energia tentando fazer essas previsões. Eles sabem que o amanhã pode ser moldado por suas próprias ações, vêem o “Mercado” como uma rede de pessoas, que podem ser educadas e influenciadas, não como algo distante nem estático.

É como se, ao invés de, como diz o ditado “Contar com o ovo na cloaca da galinha”,  empreendedores experts sentassem ao lado dela, e ficassem ali, alimentando e cuidando da galinha para ela botar o ovo.

10. Você pode abrir um negócio relacionado àquilo que você ama

Na teoria Effectuation, Saras Sarasvathy afirma que os empreendedores experts iniciam e criam novos negócios a partir de 3 elementos:

  • Quem sou: competências empreendedoras, história de vida, preferência, paixões, etc.
  • O que sei: conhecimentos e habilidades que empreendedores possuem para produzir um produto ou prestar um serviço e para gerir o negócio.
  • Quem conheço: rede de contatos que os empreendedores já possuem e que podem ser utilizadas em favor do negócio.

Portanto, um das grandes essências da teoria é que os negócios sejam criados com base naquilo que o empreendedor ou a empreendedora gosta e tem paixão, ao invés dele se aventurar em algo novo e que não possui sentido para ele.  Nesse caso, é importante que o empreendedor ou empreendedora tenha, além da paixão, curiosidade sobre o assunto e por conta disso, bastante conhecimento na área, pois são a técnica e a experiência dele que farão a diferença na prática.

de Luísa Bonin – Diretora de Comunicação e Caroline Appel – Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Aliança Empreendedora.

To celebrate the 10th anniversary of “Aliança Empreendedora”, a Brazilian organization who already supported 19 thousand low income microenterpreneurs to develop their businesses, we listed a good sort of reasons in order to deconstruct myths that surround the image that many people have about undertaking a business and become an entrepreneur.

  1. Entrepreneurship is not a gift, nobody is born an entrepreneur

Saras D. Sarasvathy, author of “Effectuation – Elements of Entrepreneurial Expertise” (2008), interviewed 52 entrepreneurs from 17 states in the United States, whose revenue varied from US$ 200 million to US$ 6,5 billion, and concluded that entrepreneurs are characterized by certain types of action, rather than inherited personality traits.

That means to say that any person is able to learn how to act entrepreneurially, because it is a matter of individual choice and not a natural tendency, a gift or a consequence of the environment to which the person belongs.

In addition, the research called “Anatomy of an Entrepreneur”, conducted by Kaufmann Foundation, found that 52% of successful entrepreneurs are the first ones in their families to start a business. Among these successful cases are Bill Gates (Microsoft), Jeff Bezos (Amazon), and Larry Page and Sergei Brin (Google).

  1. You don’t need much money to start a business (sometimes you don’t need any money)

The research made by Saras D. Sarasvathy also concluded that expert entrepreneurs base their decisions on five principles. The first one is “The Bird-in-hand principle”: in order to start a new venture, it is necessary to focus on the means instead of on the objective. This means that instead of defining a goal and searching for investment in order to reach it, expert entrepreneurs analyze the resources that they already have at their disposal or that they can obtain through their network and, from that, they develop one or more business ideas.

This approach also enables the entrepreneur to not rely on large loans or get into debts at the beginning of the new venture, which is always the most challenging time for an entrepreneur.

So, at first, the entrepreneur will only risk what he/she can lose, and as time goes by, he/she will learn how to take greater risks in the future. This attitude describes the second principle listed by Sarasvathy: “The Affordable Loss principle”.

According to the research “Brazilian entrepreneurs: profile and perceptions” (Endeavor and IBGE, 2013), many Brazilians list lack of financial resources as one of the main reasons not to start a new venture. How about, instead of focusing on the lack of money, thinking about making that great idea come true by starting with what you have at hand?

  1. You don’t need formal education in order to be an entrepreneur

Global Entrepreneurship 2014’s executive report, which places Brazil as first in the global entrepreneurship rank, shows that, in Brazil, most of the already established entrepreneurs did not finish high school.

Kaufmann Foundation has extensively researched how education may help entrepreneurs to grow and understands that the best moment to capacitate them is when they are starting a business or planning an expansion of an existing venture. According to the article “Can Entrepreneurs Be Made?”, by Vivek Wadhwa, this means that “what entrepreneurs need isn’t the type of abstract course they teach in business schools, but practical, relevant knowledge”. Nowadays, this type of knowledge is not part of the curriculum of most Brazilian universities.

If you starting a new venture or planning on making changes in a working business, have you thought about searching for support in your region?

  1. Size and success are not synonyms

According to Sebrae, 99% of the Brazilian businesses – which means to say 8.9 million businesses – are micro or small companies that are responsible for creating 52% work positions in the country. They also represent 40% of the wages paid in Brazil and are responsible for generating 27% of the internal GDP. In other words, micro and small businesses have an enormous impact in our country’s economy and we barely take notice of that.

When you think about successful entrepreneurs, what names come to your mind? Many Brazilians still associate success to the size or the revenue of a business. However, the idea of success varies from one person to another and it has to do with each person’s dreams. Many people do not dream of having big businesses but rather of having their own businesses, even if small. As long as they’re are well developed and showing good results. This is also success.

Now, when you think of successful entrepreneurs, how about remembering those entrepreneurs that make a great difference in the trade of your region?

  1. Bankruptcy and previous failures do not make anyone into bad entrepreneurs. Making mistakes is part of the process

Before succeeding in creating the light bulb, Thomas Edison went through ten thousand prototypes. Colonel Sanders, founder of KFC, tried to sell his recipe of fried chicken to 1009 restaurants before actually finding a customer and Richard Brandson founded 400 companies before establishing the successful Virgin as it is today. There are many stories like this: Henry Ford, Walt Disney, Oprah Winfrey and even J.K. Rowling failed before reaching success.

What do these stories have in common? Saravasthy listed “The Lemonade principle” as the fourth the guide expert entrepreneurs. According to the author, more important than failure itself is learning how to manage it and how to use it favoring the business and the entrepreneur’s development as an entrepreneur. This principle suggests that interventions be recognized and appropriated, taking advantage of surprises instead of trying to avoid them, overcome them or adapt to them. In short, “The Lemonade principle” is the ability to transform the unexpected into value or profitability, that is, taking seriously the expression: “If life hands you lemons, make a lemonade”.

Eric Ries, in his book “Lean Startup”, states that mistakes are beneficial to the development process of a new business. However, he says that it is important to fail as soon as possible and to learn as quickly as possible! In other words, entrepreneurs should keep their failures small and should also eliminate them while they are not creating bigger problems.

What do you say: how many times are you willing to try?

  1. Entrepreneurship is not necessarily related to profiting

If you look for the word “entrepreneur” in the dictionary, you might find a definition similar to this: 1. The one that starts new ventures. 2. The one that adventures in accomplishing hard or unusual things (Michaelis). The concept of entrepreneurship is a broad one and starting your own business is only one way of becoming an entrepreneur.

For example, you may have an idea that would solve a social problem and impact society positively, that is, you may be a social or civic entrepreneur; you may start a project inside the company you work at or maybe create a new way of executing some tasks, that is, you may be an intrapreneur or a corporate entrepreneur. You may even act within your social circle (school, community, neighborhood, church, family, university) to start new things or projects.

  1. Loaning money and making debts are not always bad for business

Even “debt” is heavy word, especially when you talk about making debts to pay for everyday expenditures (credit cards, personal loans, etc), whenever a debt is the result of a well-planned loan that will be used in order to increase a business’ revenue, then it is vital for the business’ development.

Many microentrepreneurs are so afraid of acquiring debts that rule out that alternative before even thinking about how it could help the company grow or overcome a challenging moment.

One of the entrepreneurs supported by Aliança Empreendedora, Edinaldo Souza, owns a bike shop located in the metropolitan area of Curitiba (south of Brazil). He started his business with little money and knowledge and, since he didn’t have working capital in order to stock the supplies he needed to fix bicycles, whenever a new bike came in, he would go to the suppliers to buy the parts he needed. In order make his business grow, Edinaldo lent around R$ 1 thousand (US$ 350), which allowed him to buy more parts at a better price. That, in turn, made him save time because he didn’t have to go to the suppliers as frequently. In other words, his business was immediately affected by the loan.

  1. Entrepreneurs don’t necessarily wait or look for opportunities, they create opportunities

Once again: Saras D. Sarasvathy! During her research, she found out that expert entrepreneurs do not start their ventures writing up a business plan (a document about the chances of success of a business written based on research and projections for the future), as it is taught at business schools. This means to say that the entrepreneurs do not look for a “good opportunity” to start a venture, according to pre-existing market parameters.

Saras says that, in reality, expert entrepreneurs do not believe in market research. They actually believe that the future is driven by human action, which is intrinsically unpredictable and not measurable. Therefore, they prefer to try to control and model the future instead of predicting it with studies and researches. In short, the entrepreneurs develops his business from the moment he decides to become an entrepreneur and redefines objectives and business models according to the feedback he gets from the market. For that reason, successful entrepreneurs are, mostly, innovators. They create businesses that meet needs we couldn’t even predict we would have one day.

Wait a second… the business plan doesn’t work?

Yes, it does, but mostly as a good auxiliary planning tool. Because of Sarasvathy’s study, we know today that the success of a business is not only and exclusively related to how good the business plan is.

  1. Entrepreneurship is about having doubts (and knowing how to deal with them), instead of being sure of everything

Sarasvathy’s study shows that expert entrepreneurs overcome uncertainty by treating unexpected events as opportunities to exercise their control when faced with emergencies. In order to maintain a successful business for a long period of time the entrepreneur must overcome failures, collect successes and learn from both situations.

The expert entrepreneur knows that it is impossible to predict the future, so he/she does not spend energy on that. He/she knows that what happens tomorrow may depend mostly on his/her own actions, and he/she sees the market as a network of people that may be influenced, not as something distant or static.

It is as if, instead of counting on their chickens before they hatch, the expert entrepreneur decided that it was best to sit down by the eggs and keep them warm, so that healthy chickens hatch from them.

  1. You can start a business related to something you love

In the Effectuation theory, Saras Sarasvathy states that expert entrepreneurs create and start new businesses based on three elements:

  • Who I am: entrepreneurial qualities, biography, preferences, passions, etc.
  • What I know: knowledge and habilities that may be used in making a product, providing services or managing a business
  • Who I know: people on the entrepreneur’s network that may be used in order to favour the business

Therefore, one of the essential points made by Sarasvathy is that businesses should be related to the entrepreneur’s likes and passions, instead of being something with which he/she cannot relate. In this case, it is essential that the entrepreneur is not only passionate about something, but also curious about an area, studying it vigorously. After all, technique and experience will make a difference when they go from theory to practice.

from Luísa Bonin – Communication Director and Caroline Appel – Development and Research Director of Aliança Empreendedora. 

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